O direitista Roberto Campos Neto tentou censurar o recém-empossado Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Lula como diretor de política monetária do BC.
Segundo fontes ligadas ao novo diretor, os pedidos de entrevistas não estavam chegando até ele, e esses pedidos eram feitos à assessoria de comunicação do BC e por lá ficavam.
O atual presidente do BC mostra cada vez mais sua “independência”, uma independência dos interesses dos outros diretores e do povo brasileiro, impedindo que Galípolo falasse em público em nome do Banco.
Diante do imbróglio, o BC foi obrigado divulgar nota à impressa e desmentir que houvesse censura a qualquer dos diretores e que os mesmos não precisam de autorização para falar com a imprensa.
A burguesia, espertamente, se precavendo contra a vitória de Lula, tirou os poucos poderes que restavam ao presidente da República, deixando-o apenas com a possibilidade de gerenciar um escasso orçamento público.
O governo esta nas mãos de atores que não tem nenhum interesse que o seu governo prospere e faça as mínimas reformas que poderiam beneficiar a população. Nada passa no congresso, somente o que for de interesse da burguesia.
Somente em 2024 Lula poderá indicar novo presidente, e não se admirem se ele for impedido de indicar alguém de sua vontade e acabe indicando alguém do chamado “mercado”.
A medida que o tempo avança, Lula vai ficando cada vez mais refém da burguesia. O caso Galípolo X Campos Neto deixa claro que o jogo do imperialismo é duro, usando de toda artimanha para garantir os seus interesses.