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Fora Roberto Campos!

Campos Neto é um agente dos EUA e do bolsonarismo no BC

Roberto Campos Neto é um funcionário do imperialismo e dos banqueiros dentro do BC

No dia 2 de fevereiro, em entrevista à RedeTV!, Lula criticou a alta taxa de juros imposta pelo Banco Central, que é de 13,75%. Desde então, o petista criticou, em diversas ocasiões e em diversos dias diferentes, Roberto Campos Neto, presidente da instituição indicado por Jair Bolsonaro.

Além das críticas ao bolsonarista Campos Neto, Lula também denunciou o Banco Central independente, na medida em que sua independência deixa a instituição sobre o controle dos banqueiros.

Tudo isso causou uma série de movimentações na imprensa burguesa, que decidiu se lançar com força contra Lula em defesa da política neoliberal de Roberto Campos. Além da imprensa, os parasitas do mercado financeiro se também se opuseram a Lula e fazem grande pressão para que o governo recue e aceite a independência do Banco Central.

Tal política só foi aprovada em 2021, durante o governo Bolsonaro, mas é pauta antiga da burguesia. Em 2014, foi um dos grandes motes da campanha de Marina Silva, candidata de Soros, que atacava o PT por seu “intervencionismo” na economia – ou seja, por não concordar que o BC deveria ficar à mercê dos banqueiros.

Com a independência do Banco Central, o presidente do BC passou a ter mandato fixo de 4 anos. Isto é, Campos Neto, indicado em 2021, ficaria na diretoria até 2025, quando só então Lula poderia substituí-lo: até lá, ele seguiria aplicando a política dos banqueiros, elevando os juros acima da meta e o governo estaria olhando de braços amarrados. Evidentemente, Lula discorda profundamente desse cenário.

Uma das saídas é exonerar Campos Neto por incompetência, visto que foi incapaz de atingir a meta de inflação, mas exigiria a aprovação de 2/3 do Senado em votação secreta. Outra solução, essa sim mais definitiva, é revogar a independência do Banco Central: tal instituição deve estar atrelada aos interesses do povo brasileiros, manifestos em seus representantes eleitos pelo voto, e não aos tubarões do mercado financeiro por meio de diretores independentes do povo. 

Agora, a respeito de Lula não confiar em Campos Neto e se opor a política de um Banco Central para os banqueiros, não se pode tirar outra conclusão a não ser de que ele está profundamente correto. Em primeiro lugar, Campos Neto foi escolhido por Bolsonaro para levar adiante uma política profundamente neoliberal; durante as eleições, foi votar de maneira caricata com camisa verde e amarela nos dois turnos. Atualmente, está nos Estados Unidos e deu uma declaração com a defesa da típica política burguesa para o BC: tem que ser independente para evitar ingerências políticas. O fato de a declaração ter sido feita em um evento nos EUA, logo após a crise ter estourado, explica muita coisa.

O avô do presidente do Banco Central, Roberto Campos, foi funcionário de alto escalão da Ditadura Militar e foi diretamente ligado ao imperialismo. Ou seja, seu neto é um funcionário dos militares e dos generais; Lula tem mais do que razão em se opor a “este cidadão” – que é a forma desdenhosa como Lula tem se referido a Campos Neto.

Lula chegou a dizer que Roberto Campos “traiu a confiança do governo” e que estava tentando levar o país à recessão. Tais declarações pesadas, que são absolutamente verdadeiras, demonstram o grau de insatisfação do chefe do Executivo com o presidente do Banco Central.

Sobre a independência do Banco Central, como já foi dito, sua independência do governo não a faz pairar no ar; ela significa, somente, ser independente das instituições governamentais, mas a coloca a reboque do capital financeiro internacional. 

A política correta é exigir a demissão de Campos Neto, a redução da taxa de juros, o fim da independência do Banco Central e a indicação de um nome de confiança do presidente Lula para chefiar o banco. Nesse sentido, Lula tem ido pelo caminho correto ao confrontar a opinião reinante, tanto no mercado financeiro, quanto na imprensa burguesa; mas isso não é suficiente. É preciso chamar o povo às ruas para garantir a defesa efetiva do governo, para que se combata as reformas neoliberais aplicadas desde o golpe, tanto por Temer, quanto por Bolsonaro, entre as quais a independência do Banco Central faz parte.

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