Os chefes de plantão, dos banqueiros nas agências digitais do Banco Itaú/Unibanco, intensificam os ataques aos trabalhadores bancários através do assédio moral, cujo objetivo é aumentar, ainda mais, os lucros desses parasitas do mercado financeiro às custas do adoecimento dos seus funcionários.
Conforme denúncias que chegam nas entidades de luta dos trabalhadores: “as agências digitais do Itaú estão se tornando um verdadeiro inferno para os bancários. Há relatos de funcionários tendo ‘surtos’ e se afastando do trabalho por adoecimento”. (site Fetec/CN 16/04/2023)
Segundo os relatos dos funcionários das agências digitais, o assédio para que sejam cumpridas as metas, muitas das vezes inalcançáveis, são sistemáticas. Os gestores ligam três, quatro, cinco vezes num espaço de duas horas para fazer as cobranças das metas que são sempre em tons ameaçadores. “Os bancários relatam que, muitas vezes, trabalham ao mesmo tempo em que buscam cumprir metas, quando são surpreendidos por mais uma reunião. Os empregados, por vezes, tentam justificar por que não conseguem entregar as metas, mas nenhuma explicação é aceita”. (Idem)
Os dados de problemas de saúde dos trabalhadores bancários em consequência das condições laborativas são realmente alarmantes. Foram 42.138 benefícios acidentários reconhecido pelo INSS por conta de doenças e acidentes relacionados ao trabalho do ano de 2012 a 2021, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT) em cooperação com a Organização Internacional do Trabalho(OIT) e compilados pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As demissões em massa, o assédio moral dos chefes para que os funcionários cumpram metas de vendas de produtos e serviços e o trabalho em locais lotados, insalubres aliando com a falta de funcionários são os principais responsáveis pela péssima qualidade de vida dos funcionários do Banco Itaú/Unibanco e do bancário no geral.
O assédio moral nas relações de trabalho, ou seja, a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras dos chefes de plantão, as cobranças de metas para garantir os lucros bilionários, o terror das demissões, a sobrecarga de trabalho, o desrespeito aos direitos do trabalhador…, enfim, um implacável sistema de opressão no trabalho debilita e afeta – muita das vezes profundamente e de forma irreversível – as já precárias condições de vida e de saúde da categoria.
Todo esse ataque que sofre o bancário só poderá ser revertido através das lutas dos trabalhadores bancários em seu conjunto. Da mesma forma que os bancários do Itaú/Unibanco estão sofrendo, em consequência da política de terra arrasada dos banqueiros, os demais bancários sofrem na pele o mesmo problema.