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Genocídio na Palestina

As crises nos Estados Unidos e em Israel

Nesta última semana, o governo Biden reforça uma preocupação já externada de uma possível escalada no conflito em Gaza

Na última semana, o governo dos Estados Unidos reforçou uma preocupação já externada de uma possível escalada no conflito na Faixa de Gaza. O governo Joe Biden demonstra receio fundamentado que a ofensiva israelense os coloque numa situação similar ao do Afeganistão.

O Estado sionista de Israel é um enclave do imperialismo no Oriente Médio, essencial para opressão da população local e recalescência de sua política de rapina. Essa importância obrigaria aos EUA a intervir diretamente para a manutenção dessa posição. Entretanto, essa intervenção tem altíssimo custo econômico e político, que podem refletir diretamente em outras frentes do imperialismo. Nesse momento, com impactos ainda difíceis de dimensionar, temos os casos centrais da Guerra da Ucrânia e os preparativos para Taiuan, que demanda grandes mobilizações de recursos ao imperialismo.

Segundo análise do Financial Times, “Netanyahu é o obstáculo à solução de dois Estados defendida por Biden”, assinada por Edward Luce, publicada em 5 de novembro: “O plano militar de Israel de destruir o Hamas tem de ser vinculado ao acordo político que virá depois. Netanyahu está barrando o caminho da meta de dois Estados de Biden. Supondo que ela seja factível, será que o ato de eliminar o Hamas pode ser perpetrado de modo a aumentar o apoio palestino a uma alternativa não violenta? Quem governará Gaza?”

A sanha sionista

O Estado de Israel, sob a orientação de Netanyahu, deseja afirmar as posições sionistas independentemente das consequências. Sua política é de ocupação total dos territórios palestinos e genocídio aberto de sua população.

No dia 7 de novembro, Netanyahu declarou à ABC News que Israel seria responsável pela segurança em Gaza por um “período indefinido”, colocando abertamente o desejo de anexar aquela região ao Estado sionista.

Há uma gigantesca crise na política interna em Israel, que já derrubou anteriormente Netanyahu e a política sionista. Essa falência da política sionista volta a ameçar o governo de Israel.

Os problemas internos de Israel foram ampliados pela ação dos Hamas e demais combatentes armados palestinos. Com o enfrentamento aos guerrilheiros, o regime fascista do sionismo está cada dia mais desgastado.

A posição dos EUA

Biden, que antes rejeitava até as “pausa humanitárias”, agora com a pressão política passou a apoiá-las. Entretanto, se coloca frontalmente contra cessar-fogo total, defendendo o fascismo sionista sob alegação de combate ao “terrorismo” do Hamas.

A reivindicação dos EUA e outros países imperialistas, como a Grã Bretanha, nesse momento, são os dois Estados. Biden procurou estabelece um acordo com a Autoridade Nacional Palestina (ANP), declarando: “mantém sua posição de que a reocupação pelas forças israelenses não é a coisa certa a fazer”.

Um bom exemplo dessa política foi a declaração do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, após as negociações do G7: “No curto prazo, é inevitável que Israel, por ter tropas em Gaza, precise ter uma responsabilidade pela segurança. Mas a nossa opinião é que, assim que possível, um movimento em direção a uma liderança palestina amante da paz é o resultado mais desejado.”

Nas palavras de Luce: “Biden reiterou que o objetivo dos EUA continua sendo a solução dos dois Estados. Com base na teoria de que depois da tempestade vem a bonança, e que portanto sempre há esperança, a matança bárbara perpetrada pelo Hamas e os atos retaliatórios de Israel reforçaram o argumento de que apenas um Estado palestino é capaz de garantir a segurança de Israel.”

Luce continua: “As alternativas — um Estado secular binacional ou o “status quo” — podem ser descartadas, respectivamente, como fantasia e algo inaceitável. Mas a obra da vida de Netanyahu tem sido impossibilitar a solução dos dois Estados.”

O que diz o Likud?

A postagem em rede social de Netanyahu, colocando a situação como um confronto entre “as crianças da luz e as crianças das trevas”, demonstra qual a linha do Likud. 

Para analistas hebreus laicos, o Likud e outros setores da direita israelense afirmam ser maioria do parlamento e assim garantir a posição de premiê para Netanyahu após fim do conflito. 

Em reportagem, o jornal britânico The Guardian afirmou que membros do Likud, em anonimato, propuseram que a permanecia de Netanyahu como premiê estaria chegando ao fim. Netanyahu governou Israel em mais de 15 anos das últimas três décadas.

A Casa Branca chegou a se pronunciar, negando boatos de que o presidente Joe Biden teria expressado a mesma posição durante sua recente visita a Israel. O que seria um pesado golpe em Netanyahu, vindo do principal sustentaculo do Estado de Israel.

Manifestações em Israel e no mundo

Milhares de manifestantes saíram às ruas em Israel e no mundo, formando verdadeira ondas que tendem a crescer. As capitais e principais cidades do mundo são palcos dessas manifestações políticas.

Segundo o Canal 13 de Israel, 80% dos israelenses desejam que Netnyahu assuma a responsabilidade pelas falhas de inteligência e segurança concomitantes no dia 7 de outubro. Estas falas já foram caracterizadas como tais pelas agências militares de Israel, no entanto são negadas pelo premiê.

Apenas no dia 4 de novembro, houve protestos registrados em Washington (EUA), Londres (Reino Unido), Paris (França), Berlim (Alemanha), Milão (Itália), Daca (Bangladesh), Toronto (Canadá), Wellington (Nova Zelândia). No Brasil, neste dia houve manifestações em ao menos 3 Estados.

Essas ondas de manifestações em todo o mundo, tinham como súplica o fim do genocídio do povo palestino. Embora os governos do mundo sejam cúmplices do assassinato dos milhares de palestinos, seus cidadãos são contrários a essa política.

Uma crise do imperialismo

O imperialismo tem na reação armada do povo palestino, expressa no Hamas e demais combatentes, um grande obstáculo a sua dominação na região do Oriente Médio. Entrave esse que coloca em questão sua própria condição política de dominador mundial.

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