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Falsificação da realidade

A propaganda de guerra do sionismo

Apesar de toda a propaganda de guerra, a realidade está se impondo. A mobilização dos povos muçulmanos em geral por todo o mundo em apoio à palestina está demolindo a propaganda

40 bebês decapitados pelo Hamas. Noticiado pelo canal israelense I24 News. Fonte? Fontes militares anônimas. Repercutida por toda imprensa imperialista e pró imperialista. Requisitaram alguma evidência? Alguma prova? Não. Presunção absoluta de veracidade para a máquina sionista de propaganda de guerra.

Até mesmo o Biden repassou adiante, falando que viu as imagens confirmadas dos bebês mortos. Não que seja muita coisa, pois o Biden já não bate mais bem da cabeça. Não demorou muito e casa branca se retratou, para não ficar feio.

Fonte da propaganda de guerra? Um dos colonos sionistas? Quem são os colonos? Basicamente milicias de extrema direita que expulsam palestinos de sua casas, a serviço da expansão territorial do Estado de Israel. Seu nome é David Ben Zion. Mais cedo neste ano de 2023 ele incitou pogroms contra palestinos, taxando-os de animais que deveriam ser exterminados. Qualquer semelhança com os discursos do alto escalão do Estado sionista não é mera coincidência. É a própria política sionista em prática.

Não é de hoje que a farsa de assassinato de bebês é utilizado como propaganda de guerra para justificar a ação do imperialismo contra seus inimigos. Afinal, assassinar bebês é realmente monstruoso, e nada melhor que combater assassinos de bebês para justificar esforços de guerras. Em 1990, na época da Primeira Guerra do Golfo, os EUA inventaram que homens de Saddam Hussein haviam arrancado centenas de bebês de suas incubadoras e deixado-os a morrer. Até arranjara uma mulher para “testemunha isto no congresso”, conforme informações do sítio de notícias Mintpress.

Voltando ao presente conflito, uma outra notícia falsa foi a notícia de que uma jovem chamada Shani Louk teria sido morta pelo Hamas na tal rave. Vídeos supostamente dela, parcialmente despida, na traseira de uma caminhonete correram as redes sociais. Segunda a propaganda de guerra, os Hamas estaria exibindo-a como um troféu pelas ruas da cidade.

Contudo, conforme expôs o Mintpress, a jovem não havia morrido nem nada. Eventualmente foi confirmado que ela estava viva. Divulgou-se um vídeo dela em um hospital, sendo tratada.

Há inúmeros outros casos, mas falemos um pouco sobre a questão dos mortos. Hoje, 23 total de 5.087 palestinos assassinados pelos sionistas, inclusas 2.055 crianças e 1.119 mulheres. Apenas nas últimas 24 horas, foram 436 mortos. Destes, 182 crianças. Sob os escombros dos prédios destruídos pelos bombardeios nazistas de Israel, ainda há cerca de 1.500 pessoas, inclusas 830 crianças. Feridos? Um total de 15.273. Há 12 hospitais e 32 centros de saúde fora de serviço em razão de ataques sionistas e falta de combustível. Falando em hospital, o Estado nazista de Israel já assassinou 57 trabalhadores médicos e feriu 100.

E do lado de Israel? Quantos mortos? Oficialmente 1.405, sendo 307 e 57 policiais. O restante seria de civis.

Segundo a história da carochinha contada pelo governo sionista, a maior parte dessas mortes teriam ocorrido no dia 7, na ação do Hamas. Contudo, onde estão as provas? Todos sabem como é escatológica a máquina de propaganda do sionismo. Caso o Hamas tivesse matado 1000 civis israelenses, certamente mostrariam. Mas nada.

Acredite quem quiser nesse número de 1.405 israelenses mortos.

E, mesmo que fosse verdade, já se está diante uma situação completamente desproporcional.

Israel já teria matado pelo menos 3 vezes mais palestinos, e ferido pelo 5 vezes mais. Já cairia por terra a justificativa cínica de legitima defesa, a qual exclui sete décadas de política genocida.

Apesar de tudo isto, a imprensa burguesa imperialista, e aquela a seu serviço nos países atrasados, ainda insiste na propaganda de guerra. Ou seja, insiste em equivaler os lados da moeda.

Faz isto através de seu tradicional modus operandi cínico. No caso, o cinismo aqui consiste em dizer que tanto judeus e palestinos são vítimas do Hamas. Pouco se fala da política deliberadamente genocida de Israel. Quando se fala do resultado do bombardeio indiscriminado, fala-se em “tragédia”, em “crise humanitária”. Em nenhum momento se fala em “crime de guerra”.

O Tribunal Penal Internacional não emite ordem de prisão contra Benjamin Netanyahu, Yoav Gallant nem nenhum dos sionistas que estão comandando o Estado de Israel e suas forças armadas. Nem contra Joe Biden que esteve no país declarando apoio incondicional no dia seguinte ao bombardeio criminoso do Hospital al-Ahli. E que agora está correndo atrás do Congresso norte-americano por um pacote de US$100 bilhões para a Ucrânia, Israel, Taiwan e a fronteira com o México.

Não. Para o Tribunal Penal Internacional, essa farsa, criminosos de guerra só são aqueles que desafiam o imperialismo, como Putin fez ao impedir que a Ucrânia fosse utilizada para desferir um futuro ataque contra a Rússia.

O Hamas e seus líderes ainda só não foram considerados criminosos de guerra em razão das gigantescas manifestações de apoio à justa luta do partido islâmico e de toda a resistência palestina. No mesmo sentido, o Hamas ainda não foi classificado como terrorista pela ONU. A mobilização das massas impede.

Contudo, o imperialismo, através de sua classe política e de sua imprensa venal segue a todo vapor na propaganda de guerra. Judeus e palestinos são vítimas. Sim, judeus em primeiro lugar. E o Hamas é terrorista e não representa o povo palestino. Essa é a propaganda de guerra, e essa é a “verdade” que deveria ser aceita. Nada é dito sobre a doutrina nazista do sionismo, ideologia guia do Estado de Israel, este, por sua vez, erguido e mantido sob uma limpeza étnica da Palestina.

Na imprensa imperialista e em seus afluentes, quem ousa dizer a verdade sobre o conflito, ou é suspenso ou é demitido. Conforme denunciado pelo Mintpress, há vários casos de perseguição a jornalistas:

“A CNN demitiu o âncora Marc Lamont Hill por pedir uma Palestina livre. Katie Halper foi demitida de The Hill por ( com precisão ) chamar Israel de estado de Apartheid. A Associated Press demitiu Emily Wilder depois que se soube que ela havia sido uma ativista pró-Palestina durante seus anos de faculdade. E o The Guardian demitiu Nathan J. Robinson depois que ele fez uma piada zombando da ajuda militar dos EUA a Israel.”

Certamente, esses são poucos de muitos.

Contudo, as contradições fazem parte da realidade. A realidade movimenta através delas. Não é possível contê-las. O imperialismo pode tentar o quanto quiser, mas não irá conseguir sufocar a verdade sobre o genocídio de Israel e do sionismo e sobre a revolucionária resistência palestina.

Apesar de toda a propaganda de guerra, tentando pintar o Hamas e a resistência armada palestina como vilões, como demônios; e o Estado de Israel como mocinhos, como anjos; a realidade está se impondo.

A mobilização dos povos árabes, turcos e muçulmanos em geral por todo o mundo em apoio à resistência palestina está fazendo cair por terra a mentira sionista e imperialista.

De forma que mesmo que milhares de palestinos tenham tombado, e mesmo que milhares mais venham a tombar, no final o Estado de Israel e o Sionismo serão derrotados pelo fogo da revolução, e sobre suas cinzas será erguido um Estado Palestino Laico e Multinacional, sob o qual árabes, judeus, cristãos e todas as nacionalidades da região terão direitos iguais garantidos, para que possam viver de forma harmônica, sem conflitos étnicos e religiosos.

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