A edição da TV Mulheres n.º 178, que foi ao ar no dia 24 de setembro teve como tema do dia Rosa Weber: a progressista “fake”. Apresentado por Simone Souza, Lísia Sakai, Stefania Robustelli e a Silvia Mendes, o programa iniciou com a exibição de um vídeo denunciando uma abordagem agressiva feita por um policial contra uma garota em idade escolar, quando uma senhora de terceira idade questiona a abordagem, sendo respondida de maneira ríspida, quase ameaçadora. Essa barbaridade aconteceu no estado de Bahia. Uma verdadeira cena que mostra a opressão do poder policial sobre o oprimido, sobre a população totalmente indefesa.
O programa denunciou também o caso de uma senhora surda, há mais de 40 anos escrava de um desembargador de Santa Catarina. A senhora não tinha documentos pessoais, nunca aprendeu a ler e naturalmente, não recebia salários. O desembargador acusado de escravizá-la, Jorge Luiz de Borba, alegou que a senhora seria da família. Após a descoberta da situação, o desembargador propôs a adotá-la.
O TV Mulheres destacou também o caso João Doria, ex-governador que ainda na prefeitura da capital paulista, foi tema de uma crônica onde o então prefeito era linchado pela população. O “democrático” Doria não gostou e tentou processar alguém. Ao localizou um companheiro sem ligação alguma com o artigo, processou-o, pedindo indenização por danos morais, que somou cerca de R$100 mil reais, sem o qual, o rico ex-prefeito pretendia tomar a casa do companheiro, um operário gráfico morador de São Mateus, na Zona Leste. O valor de indenização foi pago para evitar a espoliação da casa do companheiro, mas agora, o PCO pede ajuda aos simpatizantes para devolver este valor o foi pago mediante empréstimo. Toda ajuda será muito bem-vinda e o pix para contribuições é: pix@dco.org.br.
O programa informa também o chocante caso da mãe Bernadete e de seu filho, Binho, que lutavam em defesa de um quilombo do qual fazem parte contra o filho de um ex-governador da Bahia. Em 17 de agosto, a mulher foi morta na própria casa. O órgão The Intercept fez uma matéria denunciando que Binho, lutava contra a empresa Naturalle – Tratamento de Resíduos, cujo proprietário é Vitor Loureiros Souto, filho de Paulo Souto, do partido União Brasil, ex-governador da Bahia.
A reportagem da The Intercept, publicada no dia 30 de agosto, diz que mãe Bernadete lutava contra a especulação imobiliária no Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Além disso, buscava justiça pelo seu filho Flávio Pacífico, de 36 anos, conhecido como Binho do Quilombo, que também fora brutalmente assassinado por defender seu território. Dezesseis dias antes de ser morto, em 2017, Binho tentou impediu a instalação de aterro de resíduos de construção civil próximo ao quilombo, na região metropolitana de Salvador.
Considerado um dos líderes quilombolas mais respeitados do Estado, ele foi à UFBA para denunciar os problemas de instalação de aterro. Em 2016, a empresa Naturalle havia recebido uma licença municipal para ocupar o terreno de 163 hectares. Nesse mesmo ano, Binho foi candidato ao vereador pelo PSD em Simões Filho, fazendo da disputa eleitoral uma tribuna em defesa dos quilombos e contra o aterro da Naturalle. Recebeu 451 votos dos 745 votos necessários para se tornar vereador na cidade.
Por fim, as militantes da luta das mulheres destacaram, os votos da ministra Rosa Weber, já há poucos dias de se aposentar, que vem passando por uma operação que visa transformá-la – e ao STF – em instrumentos progressistas da luta dos oprimidos. Nada mais longe da verdade, explicaram as apresentadoras. Para saber mais sobre essa e outras notícias, visite:
Para saber mais detalhes que foram comentados no TV Mulheres, abaixo o link do programa: https://www.youtube.com/watch?v=jDIbGI-W_Q4
