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Um recado para a burguesia

A ameaça velada de Lula: “pobres podem cansar de ser pobres”

Lula sabe que foi eleito para resolver os problema do povo e que é preciso mobilização

Em seu discurso na posse de Aloizio Mercadante como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), na última segunda-feira (6), Lula disparou várias vezes contra o presidente golpista do Banco Central, Roberto Campos Neto, e atacou a política de juros do Mercado Financeiro.

Dentro dessa mesma política, Lula também aproveitou para defender uma política social. Usando como pretexto a invasão do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto por bolsonaristas, no último dia 8 de janeiro, o presidente afirmou que aquela ação foi motivada por uma “revolta dos ricos que perderam a eleição”.

A essa colocação, Lula acrescentou: “um dia o povo pobre pode se cansar de ser pobre e pode resolver fazer as coisas mudarem nesse País. Eu ganhei as eleições exatamente para fazer as mudanças que não eram feitas. Se nós conseguirmos decepcionar esse povo e o povo passar a desacreditar em nós, fico pensando o que será desse País. Esse país não pode continuar sendo governado por uma pequena parcela da sociedade. Esse país tem que ser governado para a grande maioria do povo brasileiro.”

Essa declaração mostra que Lula está buscando uma brecha para mobilizar a população. É um recado bem claro e contundente e até certo ponto é uma espécie de ameaça para a burguesia, que está impedindo Lula de colocar em prática uma política popular, principalmente na economia.

Mais pra frente, Lula ainda defende o aumento salarial para os servidores do BNDES. “Não sei quanto tempo eles estão sem aumento”, “O servidor público federal está há sete anos sem receber aumento. O salário mínimo faz sete anos que não aumenta”, afirmou Lula em seu discurso.

Há uma dificuldade de setores da esquerda pequeno-burguesa ao caracterizar o governo Lula. Confundem-se com a política de conciliação com a burguesia e com a direita e acreditam que o governo seria simplesmente um governo burguês ou até mesmo um governo pró-imperialista.

Lula foi eleito, como ele mesmo diz e mostra estar bem consciente disso, para resolver os problemas do povo. Não resolver problemas abstratos, mas problemas reais.

A vitória de Lula na eleição se deu contra a burguesia que organizou o golpe de Estado. Mesmo a burguesia que, na eleição, por motivos específicos, colocou-se a seu lado e hoje faz parte do governo. Deram um golpe para destruir os direitos do povo. Deram o golpe e prenderam Lula para devastar os direitos trabalhistas e acabar com as condições de vida da população.

A maioria do povo votou em Lula pensando nisso. Pensando na “Picanha e na cerveja” que o PT usava, mesmo que em tom demagógico e eleitoreiro, na campanha eleitoral.

Lula parece ter clareza que foi eleito para resolver esses problemas. E sabe que precisará da ajuda do povo para conseguir tomar medidas que vão minimamente nesse sentido.

Por isso, a declaração de Lula aponta no sentido da necessidade de uma mobilização. Nesse momento, parece que Lula fala para a própria burguesia e a direita que ocupa o governo. Lula dá um recado no sentido de que é preciso aceitar determinadas políticas econômicas populares, pois o povo não pode aguentar muito tempo.

E de fato, esse recado para a burguesia mostra que o povo precisa perder a boa. É preciso sair à rua e levantar uma série de revindicações populares. As organizações sindicais e populares precisam sair da paralisia e colocar em marcha uma mobilização.

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