No dia 13 de julho, cerca de 70 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) sofreram despejo do acampamento Celina Cunha. As famílias estavam no local desde 05 de fevereiro, ocupavam a Fazenda São Jorge às margens da BA-250, no município de Jaguaquara, região da Chapada Diamantina (BA).
O MST explicou, em nota, que, quando foi ocupada, a fazenda estava abandonada, sem exercer nenhum tipo de atividade econômica ou uso, “descumprindo o dever constitucional e legal da função social da terra, estabelecido pela Constituição Federal de 1988”. Desde então, as famílias organizadas no local haviam construídos barracos de lona para moradia e iniciaram os plantios de alimentos para consumo do acampamento e para comercialização”.
As famílias foram despejadas na manhã do dia 13. A Polícia Militar estava fortemente armada e também tinha tratores que derrubaram os acampamentos e também destruíram as plantações dos trabalhadores rurais.
Um verdadeiro abuso, pois a polícia usou da violência para tirar as famílias, porém o MST reitera: é justa, em defesa da vida, moradia, alimentação saudável e dignidade de quem vive no campo”.
É preciso que os movimentos de ocupação de terras organizar comitês de autodefesa, pois os despejos seriam mais evitados, pois as famílias são despejadas sem nenhum tipo de luta. É preciso organizar a luta contra o latifúndio e contra a especulação imobiliária.
Somente a luta dos trabalhadores vai colocar em pauta a necessidade da reforma agrária e a reforma urbana, pois os trabalhadores são sem-terra no campo e na cidade.