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HOJE NA HISTÓRIA

27/10/2023: nascimento de Graciliano Ramos

Graciliano Ramos é considerado o maior romancista brasileiro de sua época.

“Quando nós falamos de Graciliano Ramos, estamos falando daquele que foi, provavelmente, o principal romancista brasileiro do século XX”, disse Rui Costa Pimenta. 

Graciliano Ramos de Oliveira ou simplesmente Graciliano Ramos (1892-1953) foi um romancista, contista, jornalista, político e memorialista, sua obra mais celebrada é “Vidas Secas”, escrita em 1938.

Vidas Secas retrata a vida de uma família nordestina fugindo da seca e da miséria, a obra pertence à segunda onda do modernismo e é considerada uma das mais belas criações literárias de todo esse período.

Graciliano nasceu na cidade de Quebrângulo no estado de Alagoas, filho mais velho de quinze irmãos, em uma família de classe média, mas passou boa parte da infância migrando com a família por diversas cidades do nordeste.

Mais tarde mudou-se para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como jornalista no jornal O Malho e Correio da Manhã.

Em 1915, após perder quatro irmãos para a peste bubônica, voltou definitivamente para o Nordeste, mais precisamente para a cidade de Palmeira dos Índios, no estado de Alagoas. Foi lá que em 1933 publicou “Caetés”, seu primeiro romance.

Em 1936 foi preso na cidade de Maceió acusado de ser um militante comunista e apoiador da Intentona Comunista, esse incidente o inspiraria a escrever “Baleia”, o texto que mais tarde daria vida à “Vidas Secas”.

Ingressou, a convite de Luiz Carlos Preste, em 1940 no Partido Comunista do Brasil e a partir de então manteria uma relação muito genuína com a luta política.

Graciliano Ramos é uma prova viva contra aqueles que pregam, muito comum nos dias de hoje, que a arte precisa estar desvinculada da política.

Segundo Rui Costa Pimenta: “Não apenas a arte acompanha a política como os grandes momentos de desenvolvimento artístico estão profundamente relacionados com a política.”

No caso da obra de Graciliano Ramos, a disputa política central de sua época era o conflito entre a economia agrária de tipo semi feudal e uma crescente tendência ao desenvolvimento industrial.

Nesse quadro, Graciliano expressa na sua obra mais famosa as mazelas e a dor do povo nordestino refém da situação de miséria do sertão nordestino, vítimas da seca, da ausência de políticas públicas e dos velhos coronéis do latifúndio, descrevendo em linhas gerais uma situação de decadência da economia agrária típica do período de ascensão da burguesia industrial brasileira.

Os cronistas nordestinos do período de Graciliano poderiam ser descritos como os ” cronistas da desesperança” na medida em que suas obras expressavam justamente o verdadeiro “beco sem saída” em que o modo de produção preponderante no nordeste brasileiro decaía a partir daquele momento.

Em 2013, o companheiro Rui Costa Pimenta apresentou, dentro da Universidade de Férias Marxista, uma palestra que trata em profundidade sobre a vida e obra de Graciliano Ramos, confira:

Graciliano Ramos e a Literatura Nordestina dos anos 30 – Universidade Marxista nº 165

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