A recente onda de golpes na África está pondo em xeque a dominação da França sobre o continente. A tomada do poder por forças nacionalistas em Burquina Fasso, Mali, Níger e, mais recentemente, Gabão, demonstram que a crise do imperialismo tem proporções cada vez maiores.
Abriu-se um debate sobre o caráter dos golpes nos países africanos: seriam eles progressistas, ou não? Fato é que a derrubada dos governos fantoches, principalmente, do imperialismo francês desestabiliza a própria França, que rouba as riquezas naturais do povo africano.
Um dado deixa isso claro. Até 2014, 14 países africano são obrigados, pela França, por meio de um pacto colonial, a direcionar 85% de suas depositar as suas reservas estrangeiras no Banco Central francês. Este que está sob controle do ministério das Finanças, em Paris.
A história mostra, inclusive, que os líderes que se negaram a pagar esse roubo são mortos ou sofrem golpes de Estado. Por outro lado, aqueles que são obedientes são apoiados e recompensados pela França com dinheiro.
Com a tomada do poder e a consequente negação do pagamento dessa taxa nos países citados acima, a França estaria perdendo parte significativa dos 500 bilhões de dólares que ela rouba da África diretamente para o seu Tesouro todos os anos.