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Democracia destruída

08/02/1963: Golpe de Estado no Iraque completa 60 anos

O desastre economico ,social e político causado pelo imperialismo americano no Iraque para manter seu domínio no pós-Guerra, levou à total destruição da democracia.

A Revolução de 8 de Fevereiro, Golpe de Estado de Fevereiro de 1963 ou Revolução Ramadã, foi um golpe de Estado orquestrado por militares iraquianos que resultou na ascensão ao poder do Partido Baath e na derrubada do regime do primeiro-ministro do Iraque, brigadeiro-general Abd al-Karim Qasim, em 1963. O general Ahmed Hassan al-Bakr tornou-se o novo primeiro-ministro e o coronel Abdul Salam Arif tornou-se presidente. A mais poderosa figura do novo regime iraquiano era o secretário-geral do Partido Baath, Ali Salih al-Sa’di, que controlava a Guarda Nacional e que, após a instauração do novo regime, organizou uma campanha que levou à morte de milhares de membros do Partido Comunista Iraquiano e de outros opositores.

Após a derrota do exército alemão pelas Repúblicas Soviéticas colocou o imperialismo numa complexidade de questões sociais, políticas e econômicas a serem enfrentadas para estabelecer a hegemonia do imperialismo como grande potência mundial, frente a estrondosa vitória da URSS.

Vários movimentos nacionalistas e revoluções surgiram, inspirados pela vitória do Exército Vermelho sobre o tão temido Exército Alemão, o que enfraqueceu o imperialismo europeu e americano bem como os governos apoiados por estes. O imperialismo americano vinha de um período de estagnação econômica e se utilizaram de uma política anti-comunismo para alavancar e justificar, com apoio interno da sociedade americana, suas invasões e investimento em guerras e apoios a conflitos em outros governos, como foi o caso do governo João Goulart, no Brasil. Foi o período Kennedy, que teve como característica um período de tolhimento de liberdades democráticas em vários países, financiadas pelos Estados Unidos e com participação intensa da CIA, como promotor de golpes de Estado.

O partido Baath, foi fundado pela fusão do movimento árabe Baath, liderado por Michel Aflaq (um cristão) e al-Bitar (muçulmano sunita), e o Baath Árabe, liderado por Al-Arsuzi (um alauíta), em 7 de abril de 1947. Seu nome era Partido Socialista da Ressurreição Árabe. Membros deste partido se estabeleceram em outros países árabes, e conquistaram a população e o poder no Iraque e na Síria. O partido foi um sucesso, e tornou-se o segundo maior partido no parlamento sírio na eleição de 1954. Isso, juntamente com a força crescente do Partido Comunista Sírio. O alvo destes movimentos era a derrubada da monarquia e seus resquícios notórios nos políticos fantoche que havia na época.

O fracasso dos partidos tradicionais representados pelo Partido do Povo (PP) e pelo Partido Nacional (NP) fortaleceu a credibilidade pública do Partido Baath. Dois de seus membros entraram no gabinete do governo; Bitar foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros e Khalil Kallas tornou-se Ministro da Economia. Sua nova e fortalecida posição foi usada com sucesso para angariar apoio para a fusão da Síria com o Egito de Gamal Abdel Nasser, o que levou ao estabelecimento da República Árabe Unida (UAR) em 1958. Um golpe de Estado sírio, em 1961, dissolveu essa união.

Os desafios da construção de um Estado Baathista levaram a uma considerável discussão ideológica e luta interna dentro do partido. A Filial Regional Iraquiana foi cada vez mais dominada por Ali Salih al-Sadi, de orientação marxista. Ele foi apoiado em sua reorientação ideológica por Hamud al-Shufi, o Secretário do Comando Regional Sírio, Yasin al-Hafiz, um dos poucos teóricos ideológicos do partido, e por certos membros secretos do Comitê Militar.

A tendência à esquerda ganhou o controle no partido no 6º Congresso Nacional de 1963, onde partidos regionais sírios e iraquianas dominantes juntaram forças para impor uma guinada mais à esquerda ainda, chamada de “planejamento socialista”, “fazendas coletivas conduzidas por camponeses”, “controle democrático dos trabalhadores dos meios de produção”, um partido baseado em trabalhadores e camponeses, inspiradas na Revolução Russa de 1917. Foi um período de grande liberdade democrática para o povo iraquiano além de desenvolvimento social e econômico.

Entre 10 e 11 de novembro de 1963, 15 oficiais do Exército do Iraque foram armados em uma reunião do Congresso do Partido Baath, e, com armas apontadas para os políticos, os levaram presos em um vôo para Madri, capital da Espanha. Sete dias depois, o golpista iraquiano, Abdul Salam Arif que foi colocado no poder juntamente com seu irmão que era brigadeiro das forças armadas, Abdul Rahman Arif, seguido pelas tropas que controlava, sujeitaram a Guarda Miliciana Nacional do Baath, bombardeando sua sede. A oposição foi suprimida à força e 7000 ditos comunistas iraquianos foram presos.

O que resultaria desse golpe, mais tarde, seria a ascensão de políticos antidemocráticos, apoiados pelo imperialismo americano, como Saddam Hussein que liderou o partido Baath. A opressão econômica do imperialismo era tão forte a fim de alavancar a prosperidade econômica dos Estados Unidos em detrimentos de outras economias que nem mesmo Hussein seguiu à risca o que foi designado para fazer e mais tarde foi perseguido pelo imperialismo sob vários outros pretextos inventados pela inteligência americana que resultaram na invasão do Iraque.

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