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Justiça do latifúndio

Violência contra Pataxó ocorre depois de decisão da justiça

Após decisão do Juiz Pablo Henrique Carneiro em favor do latifúndio, pistoleiros e PMs iniciaram uma ofensiva violenta contra as retomadas dos índios Pataxó

No último dia 17 de agosto, o juiz federal de Eunapólis, na Bahia, Pablo Henrique Carneiro Baldivieso, concedeu decisão liminar contra a comunidade indígena Pataxó de Barra Velha em favor das terras ilegais de Pedro Alcântara Costa, numa “ação de interdito proibitório”. Isto é, na prática, o juiz determinou que os indígenas estão proibidos pelo Estado de defender suas próprias terras, já delimitadas e declaradas indígenas, que estão sendo invadidas por coronéis ruralistas como o grileiro Pedro Alcântara.

Depois da decisão, os indígenas da região de Barra Velha, região com status de demarcada e declarada indígena desde 2009, denunciaram que capangas dos latifundiários, ou seja, os verdadeiros invasores de terras, atacaram violentamente as aldeias Cassiana e Boca da Mata, atirando covardemente contra a população.

Já no mesmo dia 17, logo após a determinação do juiz amigado com os latifundiários, os indígenas da Aldeia Boca da Mata denunciaram que foram alvejados por um tiroteio que durou cerca de uma hora, com ataques de bombas, além dos tiros.

Durante o terror vivido pelo grupo, as crianças correram grande perigo, pois praticavam atividade física ao ar livre, orientada pela escola. Pela noite, ainda no mesmo dia, foi denunciado pelos grupos indígenas uma troca de tiros entre a Polícia Ambiental da Bahia e os capangas dos latifundiários. Neste tiroteio, alguns policiais ficaram feridos, fato que os latifundiários jogaram para cima dos indígenas, de maneira canalha e criminosa.

A Aldeia Cassiana também denunciou ataques dos latifundiários. Os aldeões denunciam que estão sem poder sair para trabalhar, ou até mesmo chegar na aldeia, em razão de ela estar cercado por pistoleiros à disposição dos grileiros.

As terras de Barra Velha, local das aldeias em questão no extremo sul da Bahia, estão localizadas no entorno do Monte Pascoal, onde foi realizada a primeira missa católica pelos colonizadores portugueses. Região populosa, amplamente habitada por grupos indígenas de origem Pataxó, foi também uma das primeiras regiões que os portugueses tiveram contato, liderados por Pedro Álvares Cabral. Nenhum historiador, por mais reacionário que seja, consegue negar a forte presença indígena na região.

Diante de toda essa situação, a justiça da Bahia se coloca, sem problemas de exposição, ao lado dos latifundiários, tomando decisões judiciais com fundamento, além de absurdo, ilegal. Além de tudo, a Funai (Fundação Nacional do Índio) também está atuando ao lado dos latifundiários e soltou até uma “nota de esclarecimento”, alegando que os indígenas deveriam se recolher e deixar suas terras entregues aos grileiros, justificando a atuação da polícia e da justiça para cima dos indígenas.

É urgente que a esquerda denuncie o caso, no qual a justiça federal e um órgão do governo, a Funai, estão completamente à reboque dos interesses privados dos grileiros, os verdadeiros invasores, chamados de “proprietários” pela Funai. A Fundação, criada para dar cabo à política de demarcação de terras indígenas no Brasil, tem como presidente o golpista Marcelo Augusto Xavier da Silva, um subordinado escolhido pela bancada ruralista para garantir a destruição da Funai, ou seja, colocá-la a serviço dos golpistas, cumprindo tudo aquilo que o fascista Jair Bolsonaro alegou que faria.

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