Sem estar em campo, o VAR (Video Assistant Referee), está jogando mais que os atletas durante essa Copa do Mundo. A Argentina, por exemplo, que perdeu para a Arábia Saudita na sua estreia no campeonato, teve três gols anulados pelo arbitro de vídeo ainda no primeiro tempo. Dinamarca e Tunísia, que deveria ter terminado 1 X 1, terminou em 0 X 0 porque o assistente de cabine anulou as duas balançadas de rede da partida. Antes disso, o primeiro gol da Copa do Mundo foi marcado pelo Equador e desmarcado pelo assistente de cabine.
As polêmicas em relação ao VAR são muitas, no caso da Argentina, por exemplo, um perfil do Twitter, Archivo Var, foi quem descobriu o enorme erro que teria sido cometido pelo arbitro de vídeo e, assim, alega que o time sul-americano foi gravemente prejudicado.
Essa aberração que entrou no futebol abre brecha para muitas dúvidas: quem quer controlar para além do arbitro de campo o esporte mais popular da Terra? Qual o objetivo de cancelar toda a emoção do gol para os torcedores? Como garantir que o VAR não irá manipular ou até alterar resultados de duelos importantes e finais de campeonato? Que tipo de prejuízo o assistente de vídeo pode causar para times e seus jogadores? Enfim…
No programa Posse de Bola do UOL, José Trajano caracterizou o VAR como a “videogamezação” do futebol:
“O VAR está enchendo o saco. Esse negócio de anular gol porque tem uma unha do pé comprida, um ombro não sei o quê. Eu sou antigo. Não consigo me habituar com esse negócio do VAR anulando gol. Pessoal se abraça, chora, e 10 minutos depois volta tudo atrás. Está virando uma ‘videogamezação’. Me frustra. Para um cara que acompanha futebol há 60 anos, eu acho estranhíssimo”, disse José Trajano.
Além de acabar com toda a emoção do futebol e travar a partida, ainda pode alterar resultados. Esse tipo de tecnologia não esta a serviço do futebol, muito pelo contrário, está a serviço de quem não joga futebol, muitas vezes de quem nem gosta do esporte mais admirado do mundo. Estes são os grandes capitalistas que tem um intuito claro de ganhar milhões com os resultados de partidas. O VAR tem que acabar, as batalhas devem se dar única e exclusivamente em campo, nada fora das quatro linhas e jamais em uma cabine externa onde ninguém sabe o que acontece.