Na quinta-feira (1), a área da educação sofreu um ataque fatal do governo federal. Foi anunciado um novo bloqueio nos recursos das universidades federais, o valor está estimado em R$ 639 milhões de reais – sendo R$ 431 milhões nas universidades federais e R$ 208 milhões nos institutos federais. O valor assusta, pois representa uma quantia que quase dobra o bloqueio anunciado anteriormente, que estava sendo apresentado em R$ 360 milhões. Os reitores afirmam que este valor não só zera a conta das universidades, como deixa no vermelho, causando um enorme desespero nos responsáveis, pois cancelou até recursos que já haviam sido empenhados. Diante da notícia, Victor Godoy, atual Ministério da Educação (MEC), decidiu não comparecer à reunião em Paris para compromisso com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), sobre políticas educacionais, tentará viabilizar o desbloqueio das contas nas universidades, junto ao Ministério da Economia.
Diante desta informação, fica claro que a educação não é prioridade, logicamente, na concepção dos burgueses. Os dados da Auditoria Cidadã da Dívida demonstraram que 50,78% de todo o orçamento federal vai para o bolso dos banqueiros em forma de juros, cerca de aproximadamente 2 trilhões de reais, um valor astronômico. Mas, para a educação, é diferente. Além de não investirem em pesquisas, aumento nos salários dos professores etc., esvaziam os cofres das universidades, uma verdadeira ladroagem, uma operação de rapina. Esse escândalo ilustra muito bem o descaso do governo federal com a educação no Brasil, o governo sob a presidência de Jair Bolsonaro (PL) se mostrou extremamente nocivo às universidades. Não bastou “reduzir custos”, cortando a verba de inúmeras faculdades, optou por ir além, retirar todo o dinheiro para concluir sua política neoliberal, ampliando a desigualdade social e reduzindo a capacidade de pesquisa do país. É necessário realizar uma ampla campanha em prol da educação. As organizações estudantis e os sindicatos precisam sair da paralisia em que se encontram e fornecer a Lula a base necessária de um movimento de ruas para desfazer essa destruição e romper totalmente o Teto de Gastos, além de ir além com as pautas do setor. É preciso garantir investimento pesado na educação, de modo que o ensino superior seja de acesso irrestrito a todos, com o fim do vestibular.