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Ricardo Machado

É dirigente do Sindicato dos Bancários de Brasília e ex-dirigente da CUT-DF. Integra a Coordenação dos Comitês de Luta do DF e faz parte da Direção Nacional do Partido da Causa Operária (PCO)

Não à política de miséria

Um salário mínimo vital, aposentadoria igual ao salário da ativa

Contra a carestia de vida, a cada novo plano econômico da burguesia, é de fundamental importância levantar a reivindicação de escala móvel de salárarios

De toda a situação econômica, política e social do País e dos trabalhadores, surge a necessidade de uma plataforma de reivindicações que somente poderá ser realizada por meio da ação direta das próprias massas.

Somente neste terreno poderá ocorrer uma evolução política da vanguarda dos trabalhadores.

O primeiro e fundamental ponto desta plataforma é a reivindicação de um salário que complete as necessidades elementares e fundamentais de uma família, como aluguel, alimentação, saúde, educação, transporte, vestimenta etc. Renunciar a essa luta em nome de argumentos de viabilidade econômica, que escondem as características da apropriação própria do capitalismo, significa subordinar-se à evolução da economia burguesa e à sua política, ou seja, a aceitação consciente da situação de miséria absoluta que a burguesia está condenando os trabalhadores.

As tendências inflacionárias têm um caráter estrutural na economia brasileira em crise. A experiência já demonstrou que a porta de saída do pesadelo da hiperinflação, que corrói o valor da força de trabalho e pulveriza os salários, não está nos planos de “recuperação” econômica, através da famigerada política neoliberal, e que o congelamento salarial, retirada de diretos trabalhistas etc., são todos métodos em favor do grande capital.

Contra a carestia de vida, que se torna cada vez mais aguda a cada novo plano econômico da burguesia, é de fundamental importância levantar a reivindicação de escala móvel de salários, ou seja, de que os acordos coletivos assegurem o aumento automáticos dos salários de acordo, não apenas com a inflação em geral, mas particularmente de acordo com o aumento dos artigos de consumo fundamentais dos trabalhadores.

Um dos aspectos mais dramáticos na situação do retrocesso dos salários é a dos aposentados, que chegou a extremos absolutamente insuportáveis. A Previdência Social,por meio do Ministro sanguinário, José Carlos Oliveira, trouxe os salários dos trabalhadores inativos aos níveis mais baixos de toda a história, ou melhor, não há mais dinheiro para os salários para os aposentados. Eles não podem comer, se vestir, serem assistidos em sua saúde, enfim, são tratados como verdadeiros animais por Bolsonaro e seu Ministro da Previdência Social.

E é nesse sentido que a reivindicação de um salário mínimo vital, que atenda às necessidades básicas dos trabalhadores ativos e inativos, tem uma importância fundamental de fixar o limite à decomposição da classe trabalhadora no capitalismo em decadência como acontece hoje.

Renunciar, hoje (como está fazendo a Direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ao defender um salário mínimo para 2023 de R$ 1.342,00, em contraposição à proposta do governo Jair Bolsonaro, enviada para o Congresso Nacional, de R$ 1.212,00), a luta por um salário mínimo que atenda às necessidades vitais de uma família trabalhadora em nome de argumentos de viabilidade econômica, que escondem as características da apropriação próprias do capitalismo, significa subordinar-se à evolução da economia burguesa e à sua política, ou seja, a aceitação consciente da situação de miséria absoluta que a burguesia está condenando dezenas de milhões de trabalhadores.

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*As opiniões dos colunistas não expressam, necessariamente, as deste Diário.

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