Nessa sexta-feira (11), os bancários do Banco da Amazônia organizaram um protesto contra as demissões. O protesto faz parte do Ato Nacional unificado contra as demissões em massa no Quadro de funcionários da categoria de Apoio e de Engenheiros.
No caso da Carreira de Apoio, serão 145 pais de famílias que serão jogados no olho da rua e, segundo relatado pelos representantes do banco, as demissões são irreversíveis. Para esses fascistas da direção da empresa (o governo federal é o acionista majoritário do Basa), a decisão estaria fundamentada num suposto um “estudo” técnico e jurídico, já que o tal estudo foi feito em cima de um segmento da instituição que se encontra em processo de extinção e que a manutenção do quadro de apoio atrapalharia os novos planos de contratação de novos empregados.
Na verdade, todas as medidas do governo golpista, que estão sendo impostas contra os trabalhadores nos bancos estatais, como a diminuição dos postos de trabalho, por exemplo, é parte de uma política de transferência do patrimônio dos trabalhadores e da população, através das privatizações, para o bolso de um punhado de banqueiros e capitalistas privados.
Na verdade, o que está por trás da demissão em massa no Basa é enxugar o quadro funcional do banco como forma de preparar o caminho para a privatização.
Os grandes banqueiros nacionais e internacionais estão de olho no faturamento do banco que, no primeiro semestre de 2021, registrou um lucro líquido recorde de R$ 302,6 milhões, um crescimento de 177% em relação ao mesmo período de 2020; já o Patrimônio Líquido foi de R$ 2,7 bilhões, apresentando uma elevação de 17,5% com comparação ao mesmo período de 202, cujo o valor foi de R$ 2,3 bi.
Os atos, organizados pelas entidades de luta da categoria, aconteceram em várias regiões do País, onde existe uma dependência do banco, como foi no caso em Belém do Pará, que aconteceu em frente à matriz do banco.
Para o coordenar da Comissão de Empregados do Banco da Amazônia e dirigente do Sindicato dos Bancários do Pará, Sérgio Trindade, “é fundamental unificarmos nossas forças neste momento para lutar contra as demissões em massa e sem justa causa no Banco da Amazônia. A construção desse Dia Nacional de Luta na instituição é muito importante para mobilizarmos nossos colegas do Banco, fortalecer nossa unidade e dar visibilidade para a nossa luta” (site Fetec/cn 10/02/2022)
Para barrar mais essa ofensiva reacionária, dos banqueiros e seus governos, é necessária aprofundar a luta e, a única forma para isso, é levantar uma ampla mobilização que unifique os bancários e todos trabalhadores contra o golpe e o imperialismo. Da mesma forma que vem acontecendo com o Banco Amazonas, em relação à sua privatização, é o que vem acontecendo com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os bancos públicos estaduais e demais empresas estatais.
Sem barrar a política do golpe, todos os direitos conquistados pelos trabalhadores e a preservação do patrimônio nacional estão em risco. Por isso é preciso organizar a mobilização de toda a categoria bancária, junto com todos os trabalhadores, colocando nas ruas uma intensa mobilização pelo Fora Bolsonaro e todos os golpistas, Eleições Gerais, Lula presidente.