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Escravidão

Trabalhador é a “carne mais barata” no Seara Alimentos

Os frigoríficos do grupo JBS/Friboi os cameões em doenças e acidentes do trabalho

Há décadas, os frigoríficos são os principais responsáveis pelo enorme contingente de acidentes e doenças do trabalho fazendo com que o País esteja entre os primeiros colocados nesse quesito. Os números que são apresentados na imprensa dão conta de que há, em média, 90 casos de acidentes por dia no setor (considerando 254 dias úteis), o equivalente a 23.320 casos por ano.

Nesse quadro de total desrespeito aos trabalhadores e suas condições de vida e saúde, o grupo JBS/Friboi é o campeão. Os demais frigoríficos seguem bem colados atrás.

O frigorífico Seara Alimentos, empresa do grupo JBS/Friboi, em Osasco, região da grande São Paulo, com cerca de mil trabalhadores; retrata bem essa realidade. Na empresa, os trabalhadores são obrigados a trabalhar, mesmo com o braço ou pernas enfaixados e/ou mesmo engessados, devido a lesões por acidentes. Ao mesmo tempo, como os operários disseram aos representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo, na porta do frigorífico, o quadro onde é feito o levantamento de acidentes, o quadro da comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), nunca muda. Ou seja, para quem controla e alimenta as informações, nunca há acidentes, bem como afastamentos por esse motivo.

Uma das incontáveis situações colocadas aos trabalhadores no exercício de suas funções é a questão das câmaras frias, em que a empresa passa por cima da legislação. Estamos falando do intervalo térmico, mais conhecido pelos operários como horário de esquenta, que consiste em, a cada 1h40 de trabalho dentro, ou próximo de câmaras frias, o trabalhador deverá ter 20 minutos de descanso, conforme consta na própria consolidação das Leis do trabalho (CLT). Algo que é corriqueiramente ignorado pelos patrões do grupo JBS/Friboi e que, consequentemente, deixa os trabalhadores cada vez mais doentes.

Não obstante a toda essa situação, no Seara, os trabalhadores são forçados, pela direção da empresa através dos encarregados gerentes e dos recursos humanos, a trocar os atestados de afastamento do trabalho por conta de doenças decorrentes das péssimas condições de trabalho, e a voltar a trabalhar. Como se não bastasse, quando os patrões sentem que não há como disfarçar suas escandalosas manobras, mandam-nos embora, mesmo doentes.

Manobra para ocultar irregularidades

É rotineiro a presença de peritos judiciais do trabalho devido às inúmeras denúncias de irregularidades nos locais de trabalho. Desta forma, os técnicos de segurança do trabalho nunca tem tempo para o que realmente deveriam cuidar, que é as condições de vida e saúde dos trabalhadores. Ou seja, devido ao grande número de processos, eles têm a tarefa de desviar, ao máximo, a atenção dos fiscais das senzalas montadas pelos patrões, onde os trabalhadores são obrigados a exercerem suas funções de escravos.

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