A maquina de propaganda contra o governo do Irã, país que participa da copa do mundo, segue a todo vapor. Uma série de protestos eclodiu pelo país após acusarem o governo de ter assassinado uma jovem que supostamente não estava usando o véu da maneira correta. Vale ressaltar que a investigação que levou a essa conclusão foi realizada pela ONU, porem é negada pelo Irã.
Outro fato suspeito é que além dos protestos nos país, também se iniciou um amplo ataque da imprensa imperialista contra o país. São campanhas para salvar as mulheres do Irã e para derrubar o governo “autocrata” do pais que é pária dos Estados Unidos. É nesse quadro que o chefe da inteligência militar de Israel acusa o Irã de estar preparando um ataque à Copa do mundo de futebol que acontece no Catar.
Claro que essa acusação é infundada, quem mais quer ver o pais destruído e o seu governo caído são os Estados Unidos e o estado terrorista de Israel. Toda essa propaganda contra o regime do Aiatolá decorre do fato de que o país se posiciona cada vez mais como uma força anti-imperialista no Oriente Médio. Algo que pode ser confirmado por dois fatos: a saída do Irã do tratado de não proliferação de armas nucleares, uma vez que os Estados Unidos descumpriram as suas condições, e também do fato de que o Irã passou a ser membro da Organização de Cooperação de Xangai (OCX), grupo composto por China, Rússia, Índia e outras potencias regionais que vão contra os interesses norte-americanos.
Portanto, os Estados Unidos não deixariam sem resposta a aproximação de um Irã em vias de se “nuclearizar” com a Rússia e a China, o movimento que vemos agora é consequência dessas razões. Já para Israel, a ascensão do Irã significa uma quebra da sua hegemonia comercial e militar no Oriente Médio, algo que também não pode ser permitido para que a dominação imperialista sobre a região seja assegurada.
É por isso que vimos faixas defendendo os direitos das mulheres durante os jogos e os jogadores iranianos se recusarem a cantar o hino nacional na copa do Catar. Mas, podemos imaginar que os jogadores de futebol riquíssimos do país são tão politizados quando os jogadores brasileiros que são, em sua maioria confusos politicamente. Sem contar na enorme pressão que estão sofrendo por parte da imprensa golpista, que os obriga a adotar posições que lhe agradam.