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Mobilização

Só a força das ruas pode derrotar a carestia e o desemprego

O 1º de Maio é um dia de luta dos trabalhadores e deve ser de luta contra os golpistas e por Lula presidente

A taxa de desemprego trimestral no Brasil mudou de 11,2% para 11,1%, de fevereiro para março de 2022, segundo a Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílio (PNAD Contínua do IBGE).

Ao contrário dos “otimistas” que analisam o mercado, os números indicam que se mantém estável, afinal o que representa variação de 0,01%? Apenas indicam uma tendência, que não se sabe se será mantida, dependerá de uma série de fatores que afetam esse mercado, e as políticas econômicas adotadas pelo Estado burguês.

Os analistas se referem sempre aos números de desemprego, onde são computados apenas os trabalhadores que continuam procurando emprego. Não são considerados os desalentados que já desistiram de gastar sola de sapato e passagem no transporte, para se manterem numa busca sem resultado. 

Eles acabam indo trabalhar nos empregos informais, sem carteira assinada, estabilidade no emprego e com salários ainda mais baixos, e não fazem parte dos desempregados. Em 2019 os desalentados eram 4,9 milhões de trabalhadores, segundo dados do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE/FGV). A PNAD Contínua revelou que agora são 4,594 milhões.

O IBGE também informa que foram extintas 472 mil vagas de trabalho só no primeiro trimestre de 2022, comparado com o último trimestre de 2021. Quem ocupava essas vagas foram demitidos e não serão admitidos outros trabalhadores para elas.

Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA/USP) são de que 30% dos desempregados procuram emprego há mais de dois anos. Após esse período engrossam a estatística dos desalentados.

O número de trabalhadores ocupados, ou empregados é de 95,275 milhões de pessoas. Isso corresponde a menos da metade da população do país, que está em torno de 210 milhões.

Nessa pesquisa é informado que foram criadas 380 mil vagas com carteira assinada no setor privado e que os empregados na informalidade reduziram em 742 mil pessoas. Os salários dos empregados foram reduzidos em 8,7% em um ano.

Segundo analistas, a tendência é de continuar aumentando o desemprego, principalmente no segundo semestre, por causa da política econômica adotada pelo governo, que é o aumento dos juros para reduzir o consumo, tentando diminuir a inflação com isso. O resultado será inevitavelmente mais desemprego devido a redução da produção.

Os 11,949 milhões de desempregados no primeiro trimestre, somados com os trabalhadores que estão na categoria de subutilizados, indicam que ainda faltam mais de 26 milhões de vagas de trabalho para as pessoas. No cenário de hoje no Brasil e no mundo, indicam que a severa crise econômica a partir de 2008 tende a se aprofundar, numa situação desesperadora para a classe operária. Em todo o planeta os índices de desemprego são históricos, forte desindustrialização dos países, inclusive os desenvolvidos. 

A inflação já era preocupante, e agora com os aumentos dos preços do petróleo, gás e energia elétrica, em parte como consequência do conflito militar entre os EUA, OTAN e Rússia, em parte pela própria crise de superprodução que se arrasta há mais de uma década, piorada pela pandemia, a tendência é de continuar a se elevar, virando um dragão feroz contra os trabalhadores, já que a burguesia continua a aumentar os ganhos pelos lucros crescentes.

O mês de abril, segundo dados do IBGE na prévia da pesquisa IPCA-15 recente, teve como resultado o maior índice de inflação para o mês de abril, com 1,73%, desde o ano de 1995. Os principais vilões foram os grupos de Transportes, Alimentação e Bebidas, Vestuário e Habitação.  O acumulado em 12 meses, terminado em abril, foi de 12,03%.

São nove grupos de itens pesquisados pelo IBGE e em oito deles houve aumento da inflação. E ainda se apurou que 79% dos itens pesquisados apresentaram aumento, o que se configura em inflação generalizada na cadeia produtiva.

O fechamento dos portos da China, devido a novo surto da pandemia, provocou um enorme congestionamento de navios nos portos, interrompendo e paralisando a entrega de produtos no comércio internacional, levando a falta de matérias primas e produtos nas prateleiras dos supermercados. Além do mais os analistas dizem que está havendo uma completa desorganização da cadeia global de produção e comercialização. Tudo isso impacta aumentando a inflação no Brasil e em todo o planeta.

Para conter a inflação, os governos adotam a política de aumento dos juros para reduzir o consumo, resultando em diminuição da produção, levando a aumento da crise.

A crise se aprofunda a cada dia por mais de uma década, chegamos hoje à situação catastrófica para os trabalhadores, pois quando um perde outro ganha, o dinheiro muda de mãos, não desaparece do mercado, exceto se ficar parado num cofre ou colchão. Fato é que enquanto a burguesia imperialista vê seus lucros aumentarem, os trabalhadores veem o salário minguar dia após dia. A inflação acelera esse processo e transfere o dinheiro dos trabalhadores para os empresários imperialistas pagando mais caro pelo mesmo produto.

Quando a crise atinge determinado patamar, os trabalhadores começam a perder a esportiva e o bom senso. Partem para os saques de supermercados, roubos a bancos e por fim a derrubar o governo que protege os empresários enquanto agridem e expropriam os trabalhadores dos seus salários, benefícios sociais, trabalhistas e os direitos políticos.

Com a crise e perdas de direitos e emprego, os trabalhadores começam a expressar sua insatisfação. Com greves como as da CSN, dos Professores, dos garis, de saquear supermercados, a enfrentar a repressão policial do Estado burguês, que tenta por esses métodos conter a ira da classe mais numerosa e atuante no movimento social.

Se a crise não terminar, esse quadro de ira dos trabalhadores tende a se agravar, levando a insurreições mais agressivas contra o Estado burguês. Até chegar a sua completa dissolução. É o que estamos presenciando acontecer.

Portanto, é imperioso que os movimentos sociais e partidos políticos de esquerda saiam de debaixo da cama e organizem os trabalhadores e suas organizações, orientando e mobilizando essa gigantesca força que eles têm. 

O dia 1º de maio é o símbolo dessa luta, e neste momento se faz necessário que os trabalhadores mostrem sua garra e sua força, expressando seu descontento com tanta miséria e fome que estão passando. Por uma luta combativa neste dia de tremenda importância para essa classe de produtores de riqueza.

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