O ano de 2022 foi mais um ano de muita luta para o PCO e de muitas conquistas, apesar da perseguição política por parte do senhor Alexandre de Moraes, conseguimos realizar a maior campanha eleitoral da nossa história e estivemos na linha de frente na luta pela vitória do Companheiro Lula. No entanto, se existe algo que fica cada vez claro, como previa a análise acertada do Partido, abre-se um prelúdio de uma campanha de tipo golpista contra o governo do petista, particularmente se este se mostrar mais disposto a levar adiante as políticas de tipo nacionalista, ainda que moderadas, que fizeram o imperialismo derrubar a Presidenta Dilma Rousseff. E, até o momento, tudo indica serem essas as intenções de Lula. Isto significa que ele só poderá governar se se apoiar no povo, algo que defendemos desde que lançamos a palavra de ordem “Lula Presidente!” anos atrás. Parece que essa necessidade se revela até mesmo para elementos da moderadíssima burocracia petista, o que é um bom sinal.
A vitória do candidato operário no Brasil é um reflexo da intensa crise da dominação imperialista, que enfrenta um verdadeiro, e generalizado, levante dos países atrasados encabeçados pela Rússia e pela China. Tudo indica, que mesmo à sua maneira de conversar com todos, o governo Lula terá um papel crucial nesta luta. Voltaram os BRICS, e muitos países estão interessados em sua versão “estendida”. Não fosse só isso, o ano termina com o levante da classe operária por toda a Europa devido à questão do gás em meio ao gelado inverno e da inflação. O ano de 2022 foi especial, depois de décadas de uma intensa contraofensiva reacionária, a maré está mudando.
Devemos festejar o fato e recarregarmos nossas energias pois o ano que vem será cheio de lutas. A direita já tem uma base popular militante preparada para combater o governo Lula, além é claro dos criminosos de sempre, como a Rede Globo, a Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo. Não poderemos defender as reinvindicações da classe operária sem mobilizá-la e levar adiante um enérgico combate contra estes setores. Não se pode negar, no entanto, uma noite de descanso, especialmente quando nos encontramos nas primeiras páginas do desenvolvimento do atual quadro político, uma noite que possamos usar para festejar todas as conquistas e manter viva a convicção de que é só através da luta que pode triunfar um partido operário.
Nos moldes das belíssimas festas de réveillon realizadas pelo outrora titânico partido social-democrata alemão, e também dos bolcheviques quando a diminuição da perseguição política lhes permitia, o PCO realizará o Réveillon Vermelho no clube Mediterrâneo no bairro do Ipiranga. Com comida e bebida à vontade, além das mais diversas intervenções artísticas e o sempre esclarecedor discurso do Companheiro Rui, estão todos convidados a participarem desta gigantesca festa.
