Uma mensagem de luta

Putin: “Fidel Castro dedicou vida a libertar os povos oprimidos”

As contradições com o imperialismo estão obrigando a Putin a assumir uma posição cada vez mais independente e radical, e revela que o país está em um caminho sem volta

“Fidel Castro dedicou toda a sua vida à luta pelas ideias do bem e da justiça… Um dos líderes mais brilhantes e carismáticos do século 20… uma personalidade verdadeiramente lendária, um símbolo de toda uma era”, foram com estas palavras que Valdmir Putin, presidente da Rússia, iniciou as homenagens feitas na Praça Fidel Castro, em Moscou, na inauguração da estátua em homenagem à maior figura revolucionária da segunda metade do século XX.

Com a participação de Miguel Díaz-Canel, presidente de Cuba e representante do Partido Comunista Cubano, o presidente russo reafirmou o seu compromisso na defesa da luta contra o imperialismo e da soberania dos países atrasados. Em um discurso com inúmeros elogios ao revolucionário, Putin demonstrou de maneira não demagógica, mas com a sinceridade de quem luta hoje contra a OTAN, o seu respeito a Fidel e aos revolucionários cubanos, que colocaram abaixo o antigo regime de opressão pró-imperialista na ilha caribenha e até hoje, mais de 60 anos após a revolução, enfrentam com muita luta as sanções, boicotes e ataques do imperialismo contra seu povo.

No discurso, Putin ainda citou uma das últimas conversas que teve com o comandante cubano, antes de sua morte. Putin relatou que Fidel tinha como preocupação número um a organização de um verdadeiro bloco de resistência entre os países oprimidos pelo imperialismo, e destacou em particular um futuro conflito envolvendo a Rússia contra as forças da OTAN, que se confirmaria no início de 2022.

As declarações de Putin em defesa do legado de Fidel não são a de um revolucionário socialista, contudo são de uma figura que vem assumindo cada vez mais a posição de inimigo dos interesses do bloco e na defesa da soberania dos países oprimidos. O início da guerra na Ucrânia contra as forças da OTAN, foi um passo em definitivo que vem colocando Vladmir Putin a uma posição cada vez mais à esquerda no terreno internacional. Putin iniciou confrontando com armas nas mãos o imperialismo, posteriormente passou a dar discursos mais radicalizados atacando a política colonial dos países europeus e dos Estados Unidos. Hoje, Putin já busca se aliar com todos os movimento anti-imperialistas no mundo, desde os nacionalistas de países atrasados até mesmo às figuras revolucionárias e socialistas como Fidel Castro.

A decisão de prestar homenagens a Fidel, é um forte exemplo desta tendência expressa pelo presidente russo. A Rússia está no centro dos acontecimentos da guerra contra o imperialismo, e suas contradições com os países imperialistas vem atingindo um ponto de inflexão, um caminho sem volta para um confronto generalizado e para a tentativa de fortalecer o poder e a soberania dos demais países do globo. Com o confronto, diversos países atrasados, oprimidos pelo imperialismo, iniciaram um processo de alinhamento com a Rússia e bloco do BRICS, que possuí em suas cadeiras os mais importantes países atrasados do mundo.

São estes os casos de países como Argentina, Irã, Venezuela, Nicarágua, Síria, e muitos outros, que com a ação tomada por Putin assumiram de maneira mais objetiva uma luta direta contra o imperialismo mundial.

Assim, as contradições com o imperialismo estão obrigando Putin a assumir uma posição cada vez mais independente e radical, e revela que o país está em um caminho sem volta de contradições com o bloco, onde a própria população russa, como também ocorre em demais países oprimidos, está pressionando e impulsionando o governo local para uma séria política de ruptura com a dominação imperialista.

Putin assim, tem feito inúmeras declarações cada vez mais radicais desde o início da intervenção na Ucrânia. O presidente russo, destaca a necessidade de libertação dos países oprimidos, da luta contra o imperialismo e da necessidade de se formar um bloco entre os países atrasados contra o domínio europeu e norte-americano.

Dessa maneira, o fortalecimento do BRICS, como principal ferramenta de organização econômica dos países oprimidos, vem ganhando destaque no embate internacional. As pressões do imperialismo contra a China em Taiwan, a ação criminosa realizada contra os países árabes e todo oriente médio, demonstrando esta evolução do confronto político. O imperialismo está enfraquecido, abrindo as portas para uma ação mais contundente dos países oprimidos, no entanto, o futuro reserva um enorme embate entre essas forças, que será decisivo para o mundo inteiro.

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