Nota divulgada pelo deputado federal Paulo Pimenta, pelo terceiro colocado no primeiro turno, Edegar Pretto, pelo senador Paulo Paim e pelos ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra na tarde de hoje (24) apresenta a posição do Partido dos Trabalhadores a respeito do segundo turno nas eleições para o governo do Rio Grande do Sul. O PT chama um “voto crítico” em Eduardo Leite (PSDB) contra Onyx Lorenzoni (PL).
A nota diz que, “compreendendo o momento político que vivemos, decidimos recomendar o voto crítico em Eduardo Leite no domingo próximo, esperando com este gesto que todos aqueles comprometidos com a democracia se unam para derrotar Bolsonaro e o bolsonarismo neste segundo turno”.
O texto continua: “nossas divergências com Leite são muitas, e conhecidas pela sociedade gaúcha. Representamos projetos políticos distintos. Mas agora é a hora de defender o Brasil e o Rio Grande da ameaça representada pelas candidaturas de Bolsonaro e Onyx.”
Como de costume, o PT abraça a política famigerada do “mal menor”, da “civilização contra a barbárie”, da “democracia contra o fascismo”. Mas Eduardo Leite também é um bolsonarista. Em 2018 ele foi eleito governador do Rio Grande do Sul sob o lema de “BolsoLeite”. Após assumir seu homossexualismo em plena Rede Globo como um golpe de marketing para tentar angariar votos de setores confusos da pequena burguesia, Leite ganhou o apelido de “Bolsogay”.
Mas não é porque seja gay que tenha deixado de ser fascista. O próprio PT assume um papel de “mulher de bandido” ao chamar voto naquele que o atacou por anos e cujo partido sempre foi o seu principal inimigo.
Trata-se de uma medida desesperada. Leite provavelmente é ainda pior do que Onyx Lorenzoni, pois é um representante típico da burguesia e do imperialismo. Ele não tem nenhum compromisso com a democracia, como acreditam os dirigentes petistas gaúchos. Estão contrariando sua própria base, que luta há anos contra o governo reacionário e neoliberal de Leite e do PSDB. O PT erra feio ao apoiar a reeleição de Eduardo Leite para mais um mandato de carnificina contra os direitos dos trabalhadores gaúchos. É preciso ser independente da burguesia e no Rio Grande do Sul, entre um fascista e um fascista gay, que são a mesma coisa, votar nulo.