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Em SP e MG

PSOL elege índios para entregarem a Amazônia aos EUA

Longe de expressarem a luta dos indígenas contra os latifundiários, deputados do PSOL são ligados às ONGs imperialistas

O resultado das eleições ocorridas no último domingo (2), levantou dúvidas sobre a integridade do processo para qualquer um que tenha mais de dois neurônios. A disparidade das pesquisas para com os resultados foi discrepante, e deixou todo mundo com a pulga atrás da orelha.

Isso, no entanto, não ocorreu apenas com os candidatos a presidente, mas também com candidatos ao Senado e ao Congresso. Candidatos a Deputados Federais e Estaduais, assim como Senadores, tiveram votações completamente discrepantes aos da pesquisa, como foi o caso de Antônio Carlos, candidato ao Senado pelo Partido da Causa Operária, que constava com 3% de intenção de voto nas pesquisas, mas acabou com 0,06% durante as votações, um resultado 50 vezes menor.

Outro caso notório foi o companheiro Magno Souza, candidato a governador pelo PCO no Mato Grosso do Sul e um verdadeiro representante dos indígenas. Apesar de não ter pontuado nas pesquisas, Magno tinha muito apoio popular e viralizou nas redes após confrontar André Puccinelli, ex-governador do Mato Grosso do Sul, nos bastidores de um dos debates pré-eleições. Magno é o primeiro índio do estado a concorrer a este cargo e, com seus poucos recursos, fez de tudo para prestar apoio aos indígenas da região e espalhar a política revolucionária do PCO, divulgando a necessidade de coisas como o armamento e o fim da polícia assassina, pautas extremamente populares entre os verdadeiros índios, que correm perigo de vida todos os dias nas mãos dos latifundiários, jagunços e pistoleiros.

Em contraposição a isso, o Brasil teve diversos candidatos índios para o Congresso que foram efetivamente eleitos — é difícil pensar, no entanto, que um índio bolsonarista ou um identitário, que não apresenta propostas reais para o povo, passasse em disparada na frente de Magno.

Foi o caso, por exemplo, de Sônia Guajajara. A candidata do PSOL a deputada federal em São Paulo foi eleita com mais de 150 mil votos, e se apresenta como a grande solução dos povos indígenas brasileiros. Guajajara sempre faz questão de se apresentar como uma índia com graduação e que participa da gestão da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), além de ter sido vice na chapa de Guilherme Boulos para a presidência, em 2018. Algo que Guajajara, entretanto, não fala, são seus meios para conseguir tal feito.

Diferentemente de Magno, a indígena possui recursos que são sonhos para muitos índios de verdade ao redor do Brasil. Guajajara chegou até mesmo a ser financiada por figuras ligadas ao Itaú, como Elisa Sawaya Botelho Bracher, da qual recebeu R$ 190.000,00 para sua campanha eleitoral deste ano. Além disso, Guajajara foi reconhecida pelo imperialismo em listas como as 100 pessoas mais influentes do mundo, da revista Time.

Outros indígenas eleitos neste ano foram Célia Xakriabá (PSOL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP), Paulo Guedes (PT-MG) e Silvia Waiãpi (PL-AP). O curioso é que a maioria deles dificilmente representa a luta dos índios no Brasil, assim como Sônia Guajajara.

Um exemplo disso é Célia Xakriabá, que segue os mesmos passos de Guajajara. Sua candidatura também foi financiada por Elisa Bracher, tendo recebido R$ 60.000,00 da empresária. Também candidata do PSOL, Célia, diferentemente de muitos candidatos do PSOL, teve a sorte de receber alguma fatia do fundo eleitoral destinado ao partido — mais de 1 milhão de reais, diga-se de passagem.

Outro exemplo muito bizarro da política brasileira é Silvia Waiãpi. A candidata indígena é filiada ao Partido Liberal, do qual Bolsonaro faz parte, assim como também é a primeira índia a exercer um cargo oficial no Exército Brasileiro. Hoje militar da reserva, Silvia assumiu a campanha de Bolsonaro no segundo turno, e isso já é o suficiente para marcar sua posição como opositora ferrenha dos indígenas.

É importante dizer que todas essas aberrações têm algo em comum: nenhuma delas defende verdadeiramente os indígenas, mas sim são marionetes ou servas do imperialismo. As candidatas da esquerda são financiadas pelos banqueiros, enquanto a da direita é fortemente ligada ao latifúndio, um dos maiores inimigos dos indígenas.

Outra coisa importante a se afirmar é que ambos os lados não se importam de realizar a atrocidade de entregar a Amazônia ao imperialismo, assim como todos os índios que vivem nela. Guajajara chegou a ir para os Estados Unidos dar ode à ONGs estrangeiras que se propõem a salvar a Amazônia, mas que, na verdade, são as principais responsáveis pelos piores ataques à região e à floresta.

Com a desculpa de querer proteger o local, esses setores se propõem, por exemplo, a internacionalizar a Amazônia, retirando uma porcentagem enorme do território brasileiro e colocando na mão de estrangeiros — os quais, por sinal, não são exemplo nenhum de preservação do meio-ambiente.

Tudo isso é uma evidente armadilha para o Brasil. Esses índios eleitos nada mais são que peças do jogo imperialistas, que abordam temas fúteis ou até perigosos para o País e seus habitantes, diferentemente de candidatos como Magno, que expressam a vontade popular e, por isso, são esmagados pelo grande capital.

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