O PSDB pode ter levado a maior derrota eleitoral de sua história e sequer ter participado da disputa presidencial, no entanto, o principal partido da burguesia golpista e do imperialismo quer dar as cartas no novo governo Lula, eleito pelo povo que quer dar um basta a toda a política neoliberal e entreguista que os tucanos e seus aliados, vem protagonizando no país.
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) protocolou neste sábado uma proposta alternativa à PEC de Transição apresentada pelo governo eleito e que tem como objetivo superar o orçamento criminoso aprovado por Bolsonaro, que não garantiria nenhum direito aos trabalhadores. Contudo, como os capitalistas não querem ceder uma única vírgula de sua política, o PSDB apresentou a proposto de reduzir de R$198 bilhões para R$ 70 bilhões o investimento em programas sociais que estavam acima do teto de gastos.
Dessa maneira, segundo a PEC tucana, o governo poderia apenas garantir a manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 e não promover qualquer outro investimento necessário na economia nacional. Como não bastasse esse ataque brutal, o PSDB também quer impedir que o novo Bolsa Família, proposto por Lula, torne-se permanente, mas sim, algo a ser realizado apenas nos quatro anos de mandato do presidente eleito.
Com estas medidas, os tucanos querem abrir uma disputa no legislativo, e confrontar o governo eleito e o programa que a população brasileira em ampla maioria elegeu, por um programa neoliberal, da terceira-via, que nada mais é o programa do regime golpista. Os tucanos querem que Lula faça menos do que até mesmo Bolsonaro prometeu em sua campanha eleitoral, ignorando totalmente a vontade popular e tentando empurrar a todo custo a vontade dos grandes capitalistas, banqueiros e do imperialismo.
A ação tucana é a primeira da crescente campanha golpista que se cria contra Lula dentro do chamado “setor democrático” da burguesia. Com o término das eleições, a burguesia volta toda sua atenção e política econômica de Lula, que se baseia na defesa dos direitos dos trabalhadores e no desenvolvimento do País, tudo aquilo que o regime golpista mais lutou contra desde 2016.
Fica claro dessa maneira que para a política de Lula avançar é preciso haver uma mobilização popular para além das eleições. Lula terá muita dificuldade de empurrar estes avanços sociais contra a forte oposição golpista. É necessário o povo na rua forçando que o programa eleito seja garantido na prática.