O momento de maior ataque à economia nacional com as privatizações deu-se nos anos 90 nos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. As consequências para a população foram trágicas: desemprego, fome e morte caracterizaram o período, no qual a falsa estabilidade monetária da recém-criada moeda (o Real, em 1994) desviou a gravidade da situação. Nesse período foram entregues aos parasitas do capital financeiro internacional mais de 100 empresas. A maior delas, a Companhia Vale do Rio Doce, que fora construída com muito esforço e impostos dos brasileiros, uma das maiores mineradoras do mundo, fora vendida em 1997 por uma vergonhosa bagatela de 3 bilhões de dólares. Só em 2021 a empresa teve um lucro líquido de 121,2 bilhões de reais, uma alta de 353% em relação a 2020.
Nesse sétimo ano de golpe de Estado, novamente o povo brasileiro se vê diante de mais um grande ataque praticado pelos lesa-pátria abrigados nos partidos da direita e extrema-direita (União Brasil, PSDB, PSD, MDB, PL, Republicanos, etc.): a privatização da Eletrobrás, uma grande sociedade de economia mista, criada em 1962, hoje sob controle acionário dos brasileiros, com lucro de R$ 5,7 bilhões, com crescimento de 69% no primeiro trimestre. Nos últimos quatro anos, a empresa lucrou mais de 40 bilhões. O governo quer entregá-la por míseros 67 bilhões. O Tribunal de Contas da União estipula um valor real de 130 bilhões, mas ela vale mais de um R$ 1 trilhão. A longo prazo os lucros de quem comprar a empresa paga o valor oferecido pelo governo, o que deixa claro o absurdo que é a venda dessa e outras estatais altamente rentáveis.
Utilizadas como instrumento de pressão do imperialismo, recomendadas a partir do Consenso de Washington (em 1989) e instrumentalizadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), as privatizações são umas das ações mais violentas do neoliberalismo econômico contra os países pobres. Toda burguesia nacional, apoiando Bolsonaro ou o candidato da chamada Terceira Via, estará engajada para pôr em prática esse projeto maléfico contra a soberania nacional.
Com a privatização, os serviços pioram, os preços dos serviços aumentam, não há geração suficiente de empregos, os governos cessam investimentos em saúde, educação, ciência, tecnologia e as poucas vagas de trabalho criadas pelas empresas privadas são consideradas subempregos, uma exploração da mão de obra para aumentar os lucros dos capitalistas, que são verdadeiros corruptos e parasitas das riquezas nacionais.
Para evitar esse ataque ao patrimônio nacional brasileiro, é necessário fazer greve e defender a campanha de Lula Presidente, único candidato capaz de derrotar Bolsonaro, o Golpe de Estado e o imperialismo – inimigo dos povos – com apoio popular. Não podemos prorrogar mais ainda um futuro melhor para os brasileiros. Estamos diante de uma grande batalha que deve ser travada nas ruas com todos os partidos de esquerda, sindicatos e associações.
Não às privatizações no Brasil! Pela estatização de todas as empresas privatizadas, pelo Fora Bolsonaro e por Lula Presidente, para um governo dos trabalhadores.
