Seguindo a política de privatização do fascista Bolsonaro, que entregou a Eletrobrás, o governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Júnior, do golpista PSD, resolveu seguir o mesmo caminho e está entregando por completo todo o controle da Companhia Paranaense de Energia (Copel) aos capitalistas.
Na última quarta-feira (23), os golpistas de plantão da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) decidiram pela entrega total da Copel, conforme o projeto do Ratinho Jr. A votação ficou em 34 votos contra 14.
O governo detinha 31% das ações da empresa, agora vai ficar com apenas 15%, enquanto que os especuladores das bolsas de valores ficarão com nada mais nada menos que 85% e, com essa manobra, praticamente, todo o controle da empresa de energia. Como o governo terá apenas 10% das ações ordinárias, os demais 90% serão quem tomarão toda e qualquer decisão, ou seja, é a total dilapidação do patrimônio do povo do Paraná.
Ratinho Jr., para justificar sua entrega descarada da Copel aos empresários, utilizou o termo “disperso”. Talvez seja porque o investimento que o estado fez na Copel tenha se “dispersado” nas mãos dos acionistas, ou seja, a burguesia é sempre mestre em utilizar jargões para disfarçar o roubo descarado do patrimônio do povo.
Quem paga a conta
É preciso salientar que os paranaenses já vinham pagando tarifas bem altas pelas em suas contas de luz e, com essa privatização, sem sombra de dúvidas que os preços dessas contas aumentarão drasticamente, a exemplo de outras regiões do País. Além disso, é uma das principais situações que afetam o conjunto da população, que é a falta constante de energia, além da redução de mão de obra, utilizada como “redução de despesas” pelos empresários e, consequentemente, aumento na arrecadação.
Cinismo
Ratinho Junior disse que não iria privatizar a Copel, mas como se pode acreditar em um governador golpista e, consequentemente, mentiroso que vem impondo um ataque brutal à educação, aos alunos, pais de alunos, professores e funcionários, que estão sentindo na pele o funcionamento das escolas, com a entrega aos tubarões do ensino de, num primeiro momento, 27 escolas situadas em Curitiba e região metropolitana, bem como Ponta Grossa e Londrina.
Investida dos empresários
Não é de hoje que os governantes do Paraná estão tentando agraciar os empresários com as privatizações. Uma das maiores investidas para a entrega total da Copel foi a venda, no governo do golpista Ratinho, da Copel Telecom, subsidiária responsável por serviços de Internet e fibra ótica. No início de 2000, depois da venda do Banestado, com a ajuda de Sérgio Moro, Mussolini de Maringá, o governo Jaime Lerner chegou a fazer um processo para a privatização total da Copel. A alegação era de que a companhia não tinha mais como se manter competitiva. Os vendilhões da pátria sempre têm o argumento de que as empresas estão deficitárias. O processo chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa depois de muitos protestos, mas o leilão para a privatização da Copel acabou fracassando.
