
Sionistas pertencem a um único partido: o imperialismo. Não importa se dizem que são de “esquerda” ou “direita”, isso é apenas uma forma de dissimulação.
[…] O que exigem os judeus é, por acaso, que se lhes equipare aos súditos cristãos? Se assim é, reconhecem a legitimidade do Estado cristão, reconhecem o regime de sujeição geral. Por que, então, lhes desagrada o jugo especial, se lhes agrada o jugo geral? Por que se há de interessar o alemão pela emancipação do judeu, se este não se interessa pela emancipação daquele? O Estado cristão só conhece privilégios. O judeu possui o privilégio de ser judeu. Tem, como judeu, direitos que aos cristãos carecem. Por que aspira a direitos que não possui e que os cristãos desfrutam? Ao pretender a emancipação do Estado cristão, o judeu exige que o Estado cristão abandone seu preconceito religioso. Por acaso ele abandona o seu? Tem, assim, o direito de exigir dos outros que abdiquem de sua religião? O Estado cristão não pode, sem abrir mão de sua essência, emancipar os judeus, assim como – acrescenta Bauer – o judeu não pode, . . . abrir mão de sua essência, ser emancipado. Enquanto o Estado permanecer cristão e o judeu, judeu, ambos serão igualmente incapazes: um de outorgar a emancipação, o outro de recebê-la. (Karl Marx, A questão judaica, 1843)
O Partido da Causa Operária (PCO) tem recebido ataques da “comunidade sionista de esquerda” brasileira além de organizações sionistas tradicionais, que empunham a bandeira de “eternas vítimas do nazismo”. Os ataques desferidos pela “direita” e “esquerda” sionista têm um único foco: atacar um partido genuinamente marxista e operário. Tais ataques são feitos utilizando-se grande aparato de imprensa e divulgação, pois o lobby sionista é um protocolo histórico e essencialmente anticomunista.
Esta coluna tem como base, a análise do companheiro Rui Costa Pimenta, que respondeu aos ataques direcionados por parcela da “comunidade judaica” ao Partido. Sem dúvida, esses ataques são parte da ofensiva imperialista contra todos aqueles que lutam contra a opressão, não apenas o PCO. O lobby sionista é tradicionalmente antimarxista. Churchill, notório imperialista e anticomunista afirmou em artigo escrito em 1920
Desde os dias de Spartacus-Weishaupt até os de Karl Marx, Trotsky (Rússia), Bela Kun (Hungria), Rosa Luxemburgo (Alemanha) e Emma Goldman (Estados Unidos), esta conspiração mundial para a derrubada da civilização e para a reconstituição da sociedade com base no desenvolvimento preso, da malevolência invejosa e da igualdade impossível, vem crescendo constantemente.

Diante de um Estado genocida e de apartheid como Israel, os judeus brasileiros deveriam se levantar contra o acoplamento do judaísmo ao imperialismo e o uso do Holocausto para se livrar de qualquer forma de questionamento ou punição internacional. Portanto, os ataques preventivos ao PCO, servem como folha de parreira para o encobrimento do cometimento de atrocidades no Oriente Médio e o uso do advocacy contra inimigos políticos. Marx já escrevia sobre essa questão em 1843: “A lei insondável e carente de fundamento do judeu não é senão a caricatura religiosa da moralidade e do direito em geral, carentes de fundamento e insondáveis, dos ritos puramente formais que circundam o mundo do egoísmo.”
Na prática, seguem a máxima “Todos os judeus são responsáveis uns pelos outros”, uma famosa frase exposta na capa do site da World Jewish Congress, sem dúvida uma organização muito poderosa baseada no monitoramento permanente de seus críticos. Essa frase indisfarçavelmente coloca os judeus contra o povo, e não o contrário. Conforme Marx, em “A questão judaica”: “A sociedade burguesa engendra constantemente o judeu em suas próprias entranhas”.

Compreendemos, portanto, que os judeus atualmente não são vítimas de nenhuma perseguição, muito pelo contrário. O Estado de Israel é praticamente uma “província” bem equipada, parte do império norte-americano, encravado no Oriente Médio, recebendo ajuda financeira, militar e as lágrimas da imprensa capitalista – que pertence a eles – ao mesmo tempo em que mantém um projeto próprio de Grande Israel, ou Terra Prometida. Essa contenda nunca foi encerrada, e toda história mística sionista serve para municiar a retórica contra os trabalhadores e contra todos aqueles que se insurgem à política imperialista, assessorada pelos Estados Unidos.

Para sustentar uma mentira ou dissimular as intenções, é fundamental manter a máquina de maldades funcionando, porém, de modo fantasioso, de preferência como as próprias “escrituras”. Para tanto, o lobby sionista criou instituições “sem fins lucrativos” e uma indústria cultural, travestida de arte e uma imprensa monopolista. O monopólio midiático e grande parte do sistema de endowment pertence à organizações sionistas, incluindo o National Endowment for Democracy – NED, cujo fundador, Carl Gershman, controlou a instituição multibilionária por quase 40 anos.
Por fim, a situação atual dos judeus, não são de oprimidos, mas, de opressores, e os judeus de esquerda, como católicos e evangélicos de esquerda, deveriam pensar a questão judaica, concretamente, analisando a opressão destilada contra inimigos fabricados, especialmente dois: os árabes islâmicos e os marxistas, daí os ataques ao PCO. A análise de Marx continua viva:
“O judeu se tornará impossível tão logo a sociedade consiga acabar com a essência empírica do judaísmo, com a usura e suas premissas. O judeu será impossível porque sua consciência carecerá de objeto, porque a base subjetiva do judaísmo, a necessidade prática, se terá humanizado, porque se terá superado o conflito entre a existência individual-sensível e a existência genérica dó homem.“
“A emancipação social do judeu é a emancipação da sociedade do judaísmo”.