Nessa semana, dia 28, o chefe do serviço de inteligência estrangeira da Rússia, Sergey Narishkin, acusou os EUA e a Ucrânia de planejarem controlar política e militarmente o país ucraniano pelo oeste, passando pela cidade polonesa de Lviv. A Polônia, tradicional capacho do imperialismo americano, nega a acusação.
“Washington e Varsóvia estão trabalhando em planos para estabelecer um rígido controle militar e controle político sobre suas possessões históricas na Polônia. “A primeira etapa da ‘reunificação’ deve ser a entrada das tropas polonesas nas regiões ocidentais do país, sob pretexto de ‘proteção contra a agressão russa’. Atualmente, as modalidades da próxima missão estão sendo discutidas com a administração de John Biden”, informou Naryshkin em seu comunicado.
A ação pelo oeste da Ucrânia, onde não há presença de tropas russas, tem como objetivo evitar um confronto direto e abrir caminho para a abertura da Grande Polônia, desmantelando o Estado ucraniano.
Segundo Naryshkin,
“De acordo com os cálculos da administração polonesa, a consolidação preventiva no Oeste da Ucrânia levará a uma divisão no país. Ao mesmo tempo, Varsóvia receberá essencialmente o controle sobre os territórios, que incluirão ‘mantenedores da paz poloneses’”.
Os Estados Unidos, na sua ânsia violenta para desmoralizar e atacar a Rússia, vem usando a Ucrânia como escudo e bucha de canhão e ainda pode levá-la ao colapso e divisão em vários estados, criando um colapso.
“Usando seus capangas em Kiev, os americanos, em uma tentativa de suprimir a Rússia, decidiram criar um antípoda de nosso país, cinicamente escolhendo a Ucrânia para isso, tentando dividir essencialmente um único povo”, disse Nikolai Patrushev, secretário do Conselho de Segurança da Rússia, em entrevista à Rossiyskaya Gazeta.
Essa provocação da Polônia é fruto da interferência dos EUA, que observa o avanço significativo da Rússia na Ucrânia, o que significa mais uma derrota e humilhação do imperialismo. Se o governo americano não intensificar sua política suja de usar países da região sua situação política interna também será afetada, no caso o governo do partido democrata com o presidente Joe Biden.
Em sua última Análise Política da Semana na COTV, o companheiro Rui Costa Pimenta mostrou como o sindicato Solidariedade e Lech Wałęsa destruíram a economia polonesa com sua política de capitulação diante do imperialismo, uma política que abriu caminho para que a direita católica chegasse ao poder e transformasse o país num fiel aliado dos Estados Unidos no leste europeu.
Desde então, a Polônia vem fazendo o jogo dos EUA e ataca a Rússia, inclusive oferecendo aviões de guerra para os nazistas do governo ucraniano e forçando a OTAN a entrar nessa guerra e “isolar” a Rússia. Mas os russos não ficaram isolados, para desespero dos imperialistas. Além de estarem com massivo apoio interno, países aliados do imperialismo, como Alemanha, Japão e Austrália, estão titubeando e demonstrando fraqueza em abraçar esse conflito. Na Alemanha, por exemplo, já existem protestos contra o envio de armas para a Ucrânia, o que demonstra a oposição do povo alemão em entrar em conflito com os russos, sobretudo agora em grave momento de crise financeira no continente europeu.
Essas vacilações dos países aliados dos EUA mostram a crise do imperialismo e a resistência dos países pobres e oprimidos diante das investidas imperialistas. Aqui no Brasil será de fundamental importância, além de eleger o presidente Lula, manter o povo nas ruas para defender o governo, pois o imperialismo tentará de diversas formas atacá-lo, sobretudo se ele estiver mais à esquerda e construindo um governo dos trabalhadores.