A esquerda eleitoreira , vítima de sua própria ansiedade , vem constantemente deixando de lado os princípios e as lutas cruciais para diferenciar a esquerda da direita.Mais recentemente o episódio envolvendo Roberto Jefferson, aliado de Bolsonaro e os agentes da polícia federal, essa esquerda resolveu que se tornaria uma grande admiradora e defensora da polícia porque supostamente defender um fascista de outro fascista ajudaria a combater o fascismo.
A polícia é o braço armado da burguesia e não são poucos os massacres que ocorrem contra a população pelas mãos dessa corporação. Só para citar um deles, relembraremos o recém arquivado, de forma completamente
aleatória, caso do massacre de Pau d’Arco no Pará. Em 24 de maio de 2017, 28 camponeses foram brutalmente atacados por policiais civis e policiais militares a mando da Delegacia de Conflitos Agrários – Deca , comandado por uma figura do PSDB chamado Simão Jatene
Dez trabalhadores foram mortos nesse ataque e dezenas de outros ficaram bastante feridos. Como reação ao ataque, os trabalhadores que sobreviveram ao ataque intensificaram as retomadas, o que gerou uma reação ainda mais brutal da outra parte. Aberto o inquérito para apurar o ocorrido, ainda em 2017, 15 dos 16 policiais indiciados no processo foram postos em liberdade por intermédio da política de coronel local. Cinco anos depois o processo foi encerrado com decisão de arquivamento e os 16 polícias, que já estavam em liberdade, agora puderam retornar normalmente para as suas funções.
Os inquéritos ,um conduzido pela polícia civil e outro pela polícia federal, ignoraram completamente o laudo pericial que dizia terem as vítimas morrido com o corpo agachado ou com as mãos cobrindo o rosto e também a falta de resto de pólvora nas mãos dos trabalhadores , fato que descarta a hipótese de confronto prévio entre os trabalhadores e os policiais, tratando-se realmente de assassinato a sangue frio. Passando por cima das provas ambos os inquéritos foram arquivados sob a alegação de terem os polícias agido em legítima defesa. Do mesmo modo como age a polícia que mata trabalhadores nas favelas do Rio e declaram que foram recebidos à bala.
Casos como o de Pau d ‘Arco demonstram que a polícia, seja militar, civil ou federal, cumprem um papel nefasto são um grupo de extermínio a mando da burguesia, são inimigos do povo. É por isso que a esquerda não pode abrir concessão alguma à existência dessa instituição. É necessário pedir o fim de todas as polícias , brigar pela constituição das milícias populares, como defende o Partido da Causa Operária. As milícias populares deverão ser constituídas de pessoas eleitas pelos próprios moradores da região onde farão a segurança, dessa forma teremos um polícia controlada pelo povo.
