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Dados incompatíveis

Pesquisa econômica da Folha: nova farsa para atacar Lula

Imprensa burguesa segue sua campanha contra o governo eleito, agora com “pesquisas” sobre a expectativa econômica

No último sábado, dia 24 de dezembro, a imprensa burguesa divulgou uma pesquisa Datafolha em continuidade à campanha de terrorismo econômico do “mercado”. Segundo a pesquisa, a população brasileira estaria mais pessimista sobre a melhora da economia nacional nos próximos meses, em comparação aos dados de outubro, da véspera da eleição.

De acordo com os dados da pesquisa, em outubro, à véspera do segundo turno, 62% das pessoas vislumbrava uma melhora econômica, contra apenas 49% em dezembro e, enquanto antes 13% esperavam piora, o número cresceu para 20%. Ainda segundo o Datafolha, entre os que esperam melhoras, são 67% dos desempregados, 57% das donas de casa e 57% dos mais pobres. Dos mais ricos, apenas 18% estão otimistas. Para os empresários, 52% esperam melhora individual e 31% uma melhora na situação do País como um todo.

Pesquisa x realidade

A coisa, no entanto, se trata de uma farsa. De lá para cá, outubro a dezembro, Lula ganhou a eleição na esteira de uma grande mobilização popular dos trabalhadores, com uma pauta voltada à assistência social, geração de empregos e desenvolvimento econômico. Após a vitória, o presidente eleito se ateve ao que foi defendido na campanha e, inclusive, deu declarações mais radicais do que vinha falando ao longo do pleito. Mais que isso, as indicações de Lula para as áreas econômicas do governo refletem essa política, de investimento na indústria, amparo ao povo que está numa miséria total após os governos golpistas de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). 

Justamente por se ater a sua pauta econômica é que Lula vem sendo pressionado e atacado pela imprensa burguesa, a mesma que aponta uma suposta piora nas expectativas da população, um resultado no mínimo conveniente, além de incompatível com os dados da situação nacional. Sobre essa política, de privilegiar os trabalhadores e o setor industrial, produtivo, em detrimento dos especuladores do mercado financeiro e banqueiros em geral, a imprensa golpista aponta uma “irresponsabilidade fiscal”. Para essa imprensa, a política de não deixar o povo morrer de fome é ousada demais.

PEC da Transição

A primeira medida do futuro governo Lula, já antes da posse, diz respeito exatamente às condições de vida do povo. A PEC da Transição, uma medida que busca abrir espaço no orçamento — que é restrito pelo Teto de Gastos, medida do golpe de 2016 para impedir o investimento em áreas sociais — para medidas básicas, como o Bolsa Família de RS600, com adicional de R$150 por filho de até seis anos, além da recomposição do programa Farmácia Popular e da verba para merenda escolar, com mais um pouco de verba para investimento na economia, está sendo chamada pela mesma imprensa burguesa de “PEC da Gastança”. Note-se que é uma medida para garantir apenas o básico, ou até menos que o básico, e foram promessas da campanha eleitoral.

Uma economia para os de baixo

A campanha da imprensa golpista vem buscando apertar Lula frente a suas indicações. O presidente eleito colocou a pasta econômica sob controle firme, com homens de confiança em pontos chave. O ministro da Fazenda indicado é Fernando Haddad (PT), o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante (PT) e, para a presidência da Petrobrás, está cotado Jean Paul Prates (PT). Em outras palavras, Lula caminha para cumprir exatamente o desejado por seus eleitores, ao menos na parte da economia.

Ao mesmo tempo, as declarações do presidente eleito vão no sentido de reforçar a oposição de sua política ao golpe, que condenou os trabalhadores à fome e à miséria. Lula condenou abertamente as privatizações, e declarou que não haverá uma sequer durante seu governo, que trará novamente o investimento nas estatais e na indústria nacional: “As empresas públicas brasileiras serão respeitadas. A Petrobras não será fatiada, o BB e a Caixa não serão privatizados.

As políticas de austeridade fiscal, e a pressão que o mercado busca lhe impor, também foram alvo de falas duras, questionando os especuladores: “Eu nunca vi um mercado tão sensível quanto o nosso. É engraçado que esse mercado não ficou nervoso com quatro anos de [Jair] Bolsonaro.

Lula demonstra estar alinhado com a política econômica que seus eleitores precisam e exigem. A imprensa burguesa, ao mesmo tempo, faz uma campanha de falsificações, que atinge principalmente uma ala mais pequeno-burguesa da sociedade. Aqueles que viram a devastação provocada pelo golpe se alinharam em torno de Lula na eleição na busca de uma mudança justamente na economia, que é o demonstrado pelo presidente eleito. Frente aos ataques, no entanto, o governo precisará de um movimento de base ainda mais forte do que o elegeu, para conseguir emplacar as medidas econômicas e fazer frente às campanhas da imprensa golpista.

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