Em todo o País, em função da sua política altiva de não se curvar aos desígnios dos poderosos, sobretudo dos inimigos do povo, o Partido da Causa Operária (PCO), muito embora tenha enfrentado um conjunto de dificuldades (boicote da imprensa; perseguição das instituições jurídicas do Estado, notadamente o TSE e o STF) realizou, ao longo de todo o ano de 2022, uma intensa campanha de luta em defesa dos trabalhadores e das massas populares, fazendo chegar, às mais diversas e longínquas regiões, seu programa, sua política e seu elenco de reivindicações através de uma ampla e organizada atividade de agitação e propaganda, envolvendo, para isso, centenas de militantes, simpatizantes, contatos e ativistas de esquerda.
O Partido e sua militância, em todas as regiões e cidades onde levou adiante sua campanha militante, fez esforços para remover do caminho os obstáculos que buscavam impedir a população do acesso à propaganda e às propostas do PCO, todas elas vinculadas aos anseios e às reivindicações mais sentidas dos explorados do campo e da cidade. As tentativas no sentido de obstaculizar o PCO não partiram somente das instituições golpistas do Estado (conforme já acima mencionado), mas também de um setor da esquerda pequeno burguesa nacional, hostil às posições revolucionárias que o PCO sempre defendeu.
Crescimento partidário
No Distrito Federal, o quadro não se diferenciou muito do restante do País, onde as dificuldades enfrentadas pelo partido foram praticamente as mesmas. Durante todo o ano o partido colocou em marcha um conjunto de atividades que fez ampliar a intervenção revolucionária nas lutas políticas da cidade, divulgando os materiais e a imprensa partidária, particularmente junto às camadas populares. A militância do PCO esteve presente em todos os mais importantes acontecimentos políticos que marcaram a luta de classes na capital do País, publicando e distribuindo milhares de boletins nas categorias de trabalhadores (bancários, professores, servidores públicos) e nos movimentos sociais de luta (negros, mulheres, juventude, moradia, etc), participando ativamente das manifestações e outros movimentos de luta que tiveram lugar no DF ao longo de todo o último período.
Comitês de Luta e a campanha eleitoral
O partido manteve estruturado e em funcionamento, durante todo o ano, o Comitê de Luta Lula Presidente, realizando reuniões, plenárias e atividades de rua (panfletagem, colagem de cartaz, bancas, almoço, etc) levando a luta política em defesa da candidatura do ex-presidente, agregando em torno de si o melhor do ativismo de esquerda da capital.
No que diz respeito à campanha eleitoral, o esforço e a dedicação da militância acabou por superar os obstáculos e o PCO realizou uma campanha marcada pela ampla divulgação do seu programa e das suas candidaturas, reconhecidamente representativas das lutas do povo trabalhador da cidade. Nossas candidaturas se apresentaram como ativistas da luta estudantil, sindical e popular, com representantes das categorias de servidores públicos, bancários, professores, estudantes e outros, o que fez com que Partido – no DF – se colocasse como uma alternativa eleitoral e política dos trabalhadores, diante da mais completa ausência de candidaturas classistas, revolucionárias e socialistas.
Vale destacar que no DF – a unidade da Federação onde se localiza a capital do País (Brasília) – o único partido que realizou uma campanha verdadeiramente classista foi o PCO. O Partido dos Trabalhadores, a principal e mais importante força política de esquerda da cidade, renunciou à luta e ao combate por colocar de pé candidaturas identificadas com a luta popular, colocando como candidato ao cargo maior (governador) um elemento totalmente desvinculado das lutas sociais e populares da cidade. Por força dos acordos nacionais, o PT entregou a cabeça de chapa ao raquítico e inexpressivo Partido Verde, indicando para concorrer ao Palácio do Buriti o deputado distrital Leandro Grass.
Esse espaço deixado pelo PT na capital vem sendo ocupado pelo PCO, que, como já dissemos, se apresentou ao pleito de outubro como alternativa não somente eleitoral, mas uma via política e organizativa dos trabalhadores, das mulheres, da juventude, dos negros e do conjunto dos explorados do DF. Portanto, não importa o resultado que sairá das urnas. O PCO – pela campanha que desenvolveu, mesmo no curto espaço de tempo que foi permitido ao Partido fazer e agir – realizou aquilo que nenhuma outra força política na cidade fez, vale dizer, se colocou como a vanguarda da luta por um programa que tem como elemento central a defesa dos direitos sociais das massas populares e por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.
Revéillon vermelho e ato de posse
Vale destacar que a virada do ano será marcada por um evento de confraternização (Revéillon Vermelho), onde uma bonita festa está sendo organizada, devendo reunir cerca de 250 participantes. No dia primeiro de janeiro, o PCO trabalha para organizar a participação no evento de posse do governo eleito (Lula), onde estará presente com cerca de 300 participantes, entre militantes, simpatizantes e ativistas de esquerda, vindos de diversas regiões e cidades do País, oportunidade em que realizará um trabalho de agitação e propaganda em torno às reivindicações populares, exigindo do governo Lula o atendimento das demandas populares.
