Em declaração à imprensa burguesa, o atual ministro da economia de Jair Bolsonaro, Paulo Gudes, declarou que “Bolsonaro será o líder da oposição, que será feita sem tréguas (…) eles não terão sossego”. Ainda segundo a mesma imprensa, em conversas privadas, Guedes tem afirmado que Bolsonaro deve ser tratado como uma “grande liderança” e que o mesmo será um líder contra o governo Lula.
As declarações de Paulo Guedes, um dos principais porta-vozes da política econômica do imperialismo no Brasil e figura de confiança dos banqueiros, revela que o imperialismo e os golpistas farão forte oposição ao governo Lula. Ao contrário de setores otimistas da esquerda, que avaliam que Lula será aceito sem grandes problemas, tanto em relação aos golpistas, como em relação ao imperialismo, as declarações de Gudes servem para recolocar as coisas em seu lugar.
Gudes foi um dos pilares da política econômica de privatizações, cortes e destruição da economia nacional a favor dos bancos e do mercado financeiro. Durante todo o governo Bolsonaro, Gudes liderou a entrega do petróleo ao controle dos Estados Unidos, encabeçou a entrega da Eletrobras, buscou privatizar os Correios e, inclusive, pretendeu até mesmo privatizar as praias brasileiras. Defensor de uma política totalmente antipovo e a favor do imperialismo, Guedes é uma das figuras mais adoradas pela imprensa burguesa e um criminoso para os trabalhadores.
A pressão prometida por Guedes revela que Lula é o candidato que se opõe À política antinacional de Bolsonaro e precisa levar adiante uma verdadeira política de desenvolvimento do País. Em respostas a estas ameaças, Lula e seu novo governo deve se apoiar na mobilização popular para garantir os avanços necessários tanto na defesa de um aumento real do salário mínimo, algo que Guedes se opõe, como também na reindustrialização do Brasil, um fator fundamental para o desenvolvimento brasileiro e que o governo Bolsonaro, assim como todo regime golpista, foram responsáveis por destruir no último período.
Guedes está do lado do imperialismo, em defesa do neoliberalismo que hoje joga o mundo inteiro em uma enorme crise econômica e social. Para derrotá-los é preciso fazer mais que meros acordos no parlamento, é preciso movimentar os sindicatos e mobilizar os trabalhadores.