Está acontecendo, nesse momento, na reta final da campanha eleitoral, a pressão dos patrões a seus funcionários para votarem no candidato deles, Jair Bolsonaro. É o conhecido voto de cabresto.
Várias denúncias dos trabalhadores a esse respeito estão sendo feitas. Segundo o Ministério Público do Trabalho (MPT), relatado na última quarta-feira (19), o número de denúncias que era de 447 já tinha subido para 706, o que resulta em um aumento de mais de 58%.
Vale ressaltar que esse número oficial não representa nem 10% do que realmente está ocorrendo. Trata-se apenas de alguns casos que aparecem na superfície. Isso é natural, já que os operários têm medo de denunciar, pois sofrem represálias na empresa.
Em áudio vazado na imprensa, um patrão coagiu suas funcionárias a colocarem o celular entre o sutiã e o corpo para filmar o voto na Bahia, (G1 – 19/10/2022).
O procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, afirmou na terça-feira (18), à imprensa, que as denúncias de assédio eleitoral no local de trabalho derivam da “banalização” da prática e a polarização política no país.
Conforme o MPT, a maior quantidade de registros está concentrada na região Sudeste, com 284 casos. Antes quem liderava era a região Sul com 171 casos e, a partir de terça-feira, passou para o segundo lugar com 212 casos. Depois, aparecem Nordeste (118), Centro-Oeste (48) e Norte (44).
Os patrões intimidam, chantageiam e ameaçam de demissão e cometem as maiores arbitrariedades possíveis e imagináveis. Foi assim que agiram quando deram o golpe em 2016, quando tiraram Dilma Rousseff da presidência da República através do impeachment e prenderam inúmeras pessoas irregularmente.
Em 2018 não deixaram Lula concorrer às eleições e agora a burguesia vem novamente com o seu método tradicional, ou seja, a de roubar a eleição na mão grande.
Em seu Twitter, o Presidente Nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, denuncia: “esta é a realidade do voto bolsonarista no Sudeste e no Sul, como era antes com o PSDB. Não adianta culpar o povo, é preciso se mobilizar contra o golpe eleitoral.”
Nesse momento, os patrões e seu governo estão levando os trabalhadores e a população explorada à fome e à miséria, bem como ao regime de escravidão. É preciso uma ampla mobilização das direções do movimento operário, tendo à frente a Central Única dos Trabalhadores (CUT) para convocar um dia nacional de mobilização contra a chantagem dos patrões a favor de Bolsonaro.