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Sanguessugas

Parasitas do mercado financeiro querem usurpar as estatais

Capitalistas estão chantageando o futuro governo Lula desde a vitória do petista. Meses antes do início do governo, os parasitas deixam claro que não estão dispostos a negociar.

A CNN Brasil soltou uma matéria na semana passada destacando o que seriam reações do “mercado” a determinadas falas do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. A multinacional encomendou um estudo para a plataforma TradeMap, que pertence à empresa Valemobi, e o veredito foi que as empresas estatais “perderem” um valor de mercado superior a R$ 100 bilhões desde que Lula foi eleito.

Um pico dessa suposta desvalorização das empresas teria sido no dia 10 de novembro, após Lula criticar as políticas de controle fiscal que deixam o governo amarrado e impedido de realizar investimentos. O tal mercado resolveu ameaçar o governo eleito, pressionando para que Lula simplesmente não faça nada do que foi eleito para fazer. O que, além de antidemocrático, seria um suicídio político para o petista.

Nesse dia, a TradeMap contabilizou uma perda de valor nas empresas do Ibovespa de cerca de R$ 156 bilhões. O crime de Lula seria o de usar uma migalha do orçamento federal para que uma parte importante da população brasileira consiga se alimentar satisfatoriamente e que o país tenha crescimento econômico real. Os parasitas do mercado financeiro exigem que a sangria dos recursos públicos não seja nem minimamente atrapalhada.

As principais estatais citadas no levantamento foram Petrobrás, Eletrobrás e Banco do Brasil. A primeira teria perdido cerca de R$ 81,5 bilhões, enquanto as demais teriam seu valor de marcado subtraído em cerca de R$ 7,6 e R$ 7,1 bilhões. Segundo reportagem da CNN, as perdas seriam resultado do medo dos investidores, esses seres frágeis e indefesos. Eles estariam preocupados que Lula venham a intervir na Petrobrás, mais especificamente na sua política de preços e na divisão dos lucros da empresa.

Que ousadia, não? Um presidente eleito resolver pegar uma fatia do gigantesco bolo do petróleo brasileiro para investir no povo. Ou ainda, impedir que o preço dos combustíveis varie junto com as oscilações do mercado internacional e eleve os preços do conjunto dos bens de consumo num país dependente do transporte rodoviário. Já Bolsonaro, o pseudonacionalista, “amigo dos caminhoneiros”, foi uma verdadeira ovelhinha para esses parasitas, permitindo passivamente que os preços dos combustíveis batessem recordes sucessivos.

Ora, se for para Lula não mexer nem na política de preços da Petrobrás, o que mais iria fazer no seu governo? Escolher um ministério paritário? Para desenvolver a economia de um país atrasado, como o Brasil, o manejo estratégico das empresas estatais é fundamental. No caso da Petrobrás, além do impacto generalizado que o preço dos combustíveis tem no país inteiro, estamos falando de uma empresa com lucros gigantescos. Pode parecer estranho para quem ouviu repetidamente que o PT havia falido a empresa, mas os acionistas da empresa ganharam um presente de Natal de mais de R$ 43 bilhões.

Como denunciou a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o lucro de quase R$ 180 bilhões em 2022 contrasta vergonhosamente com os investimentos realizados pela Petrobrás, que até julho haviam sido de cerca de R$ 17 bilhões. Entre as medidas que caberiam no orçamento da empresa, a FUP citou a compra das refinarias Rlam e Six, entregues no ano passado, a conclusão das obras da refinaria de Abreu Lima, do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados UFN-3 e a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fapen-PR), destacando que ainda sobrariam recursos para mais investimentos.

Esse tipo de chantagem é apenas uma amostra grátis do que Lula terá que enfrentar no seu governo. Os aloprados que dizem que Lula era o candidato dos banqueiros precisam explicar porque esses parasitas têm tanto medo das possíveis ações do petista. Para ajudar minimamente a população mais pobre e estimular o crescimento da economia nacional, interromper essa farra e estancar a sangria dos cofres das estatais é uma necessidade incontornável. Se o mercado está contra, é porque é bom para o povo brasileiro.

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