Nesta última terça-feira (13), ocorreu a 14ª aula do 2º Módulo do curso “Brasil: uma interpretação marxista de 500 anos de história”. Esta aula encerra a primeira etapa deste Módulo, que será dividido em dois. Sendo uma etapa para tratar da Independência e a segunda, que ocorrerá em 2023, para tratar do Primeiro Império, Segundo Império e Regência.
Na aula de encerramento da exposição sobre a Independência, o companheiro Rui falou sobre as conclusões que se pode tirar uma vez que se analisa esse acontecimento sendo fiel aos fatos e se utilizando de uma metodologia científica.
O propósito principal é travar uma polêmica com as colocações da esquerda pequeno-burguesa, que têm uma tendência a ser considerações puramente ideológicas e morais. São vários os pontos levantados por esse setor.
Entre as diversas colocações levantadas pela esquerda pequeno-burguesa está a frase “Independência para quem?”, que procura fazer a insinuação de que a luta pela independência não tinha como finalidade favorecer as classes oprimidas e mais baixas da sociedade.
No entanto, é uma forma extremamente inadequada de se colocar o problema. A questão verdadeira não é “para quem” foi feita a Independência, mas o que aconteceu de fato. Além disso, as revoluções burguesas não são nunca feitas pela classe trabalhadora ou com a intenção de favorecê-la. É o caso da própria Revolução Francesa, que favoreceu verdadeiramente a burguesia da França, apesar de ter tido participação popular ampla.
A independência do Brasil foi efetivamente feita pela classe dominante do país, e para ela. Mas isso não quer dizer que não tenha ajudado a melhorar a situação da população de conjunto. O mesmo pode ser dito para todos os outros processos de independência dos países latino-americanos e também dos Estados Unidos.
Outra frase absurda dita frequentemente pela esquerda é que a Independência foi um “pacto entre as elites”, insinuando que teria havido um entendimento entre os dois lados da disputa política. No entanto, ao se verificar a história, vê-se que não houve pacto nenhum. O setor que queria a independência conseguiu a independência, enquanto o outro lado teve que deixar o país ou então se submeter à nova situação.
Outros argumentos foram colocados pelo companheiro Rui durante a aula. Foi tratada também a questão de por que a Independência não acabou com a escravidão, a alegação de que não houve nenhum tipo de luta durante o processo de independência no Brasil e outros problemas. Para acompanhar todo o debate, basta assistir à aula gravada pela plataforma unimarxista.org.br. Caso não esteja inscrito ainda, é possível fazer a inscrição agora para poder assistir a todo o curso.