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A armadilha do "mal menor"

O que esperar do segundo governo de Eduardo Leite?

Tendo maior controle da máquina pública, um último mandato em suas mãos e a possibilidade de continuar toda a sua política neoliberal, Leite promete fazer mais contra o povo

Eduardo Leite foi um dos raros tucanos a vencer alguma eleição importante em 2022. Com a perda de São Paulo, após 30 anos de controle por parte do PSDB, da perda de grande parte do número de congressistas e também de ficar mais uma vez de fora do centro da disputa presidencial, o principal partido da burguesia e do imperialismo brasileiro, muito teve que agradecer à própria esquerda, que no Rio Grande do Sul, apoiou o candidato tucano no segundo turno.

Dando esse aval em nome da “luta pela democracia” a esquerda pequeno-burguesa acabou por permitir que Eduardo Leite se reelege-se, ou seja, assumisse um novo governo com ainda mais segurança e possibilidades de promover novos ataques à população gaúcho. Não bastasse isso, com a crise geral do PSDB em todo País, e sobretudo, a derrota dos tucanos no governo de São Paulo, Leite tornou-se um dos principais nomes dentro da legenda, e agora, é cotado como favorito a ser o novo presidente do PSDB.

Leite será a figura central do processo de renovação do PSDB, e a partir de 2023 terá a possibilidade de ser o novo presidente do partido. Dessa maneira, o governador gaúcho reassumirá seu cargo no Rio Grande do Sul, com grande apoio do principal setor da burguesia para levar a frente aprofundar a política neoliberal iniciada já nos quatro primeiros anos de seu governo.

Leite e o PSDB, privatizaram e destruíram hospital no Rio Grande do Sul, entregaram o ensino público para as traças e promoveram também uma grande terceirização do trabalho público. Nos quatro anos de seu governo, Leite reprimiu professores, apoiou as medidas ditatoriais do regime golpista e a política econômica de Jair Bolsonaro.

O Bolsogay, como ficou conhecido, agora assumirá por mais quatro anos e já anunciou que manterá grande parte dos nomes que compuseram seu antigo governo. Assim, figuras chave da burguesia serão mantidos no processo de destruição sobretudo da saúde e da educação, um dos grandes focos da privataria tucana no estado do Rio Grande do Sul.

Leite, após eleito, participou inclusive do sexto Congresso do MBL nacional, ao lado de figuras ligadas ao bolsonarismo, deixando claro para toda a esquerda pequeno-burguesa que o apoiou, que ele nada mais é que um bolsonarista “limpinho”. Segundo a própria imprensa burguesa, o grande foco neste momento de formar alianças para a continuidade de seu governo, é reaproximar o PL, o partido de Jair Bolsonaro.

Leite não pensa duas vezes em seu juntar com os bolsonaristas. Na realidade, é pior que os bolsonaristas. Leite representa o principal setor da burguesia, os banqueiros, o partido do imperialismo no Brasil. Seu governo, será um dos pilares do golpismo contra Lula, como também da política neoliberal no País.

Seu governo terminou marcado por diversos episódios de crise, inclusive de manifestações de trabalhadores contra sua brutal política. Contudo, seus próximos quatro anos prometem serem piores. Tendo maior controle da máquina pública, um último mandato em suas mãos e a possibilidade de continuar toda a sua política neoliberal, Leite promete fazer mais, pelos banqueiros, e aprofundar os ataques contra os trabalhadores gaúchos, tudo isso, sob o aval prévio da esquerda pequeno-burguesa, que caiu na armadilha do “mal menor”.

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