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Uma categoria doente

O maior índice de doenças ocupacionais na Caixa Econômica

Pesquisa mostra que, a partir de 2018, na Caixa Econômica Federal, aumentaram os índices de doenças ocupacionais

As demissões em massa, o assédio moral dos chefes para que os funcionários cumpram metas de venda de produtos e o trabalho em locais lotados em plena pandemia são os principais responsáveis pela péssima qualidade de vida dos bancários da Caixa no último período.

Os dados apresentados pela pesquisa de Saúde, realizada pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), mostra um quadro assustador em relação a doenças ocupacionais na Caixa Econômica Federal, principalmente tratando-se de doenças ligadas diretamente a problemas mentais.

Conforme pesquisa, “dentre os principais motivadores de afastamento do trabalho estão os casos de depressão (33%), ansiedade (26%), síndrome de burnout (13%) e síndrome de pânico (11%)” (site Fenae 27/07/2022).

Para o coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), Clotário Cardoso, “os dados levantados por essa pesquisa mostram que o ambiente de trabalho na Caixa é tóxico. A pressão por metas abusivas, assédio moral e sexual e a sobrecarga de trabalho impostas pela gestão geram doenças que deixam sequelas não só para os trabalhadores, mas também para suas famílias, pela vida toda” (Idem).

A pesquisa ainda fez uma comparação com dados de 2018, quando foi feita a primeira pesquisa, e constatou que existe uma piora considerável em comparação aos dias de hoje. A nova pesquisa mostra que 66% dos trabalhadores da Caixa já testemunharam assédio moral no trabalho e 56% já sofreram assédio moral; 62% dos empregados sentem, sempre ou frequentemente, muita pressão no trabalho; 51% se sentem, sempre ou frequentemente, ansiosos no trabalho; para 47%, o trabalho afeta negativamente a saúde; 65% possuem colegas que estão passando por depressão, angústia ou pânico causados no ambiente de trabalho.

A direção da empresa afirma cinicamente que ações estão sendo realizadas para melhorar a qualidade de vida dos empregados, sendo que essa mesma direção, desde o golpe de Estado de 2016, demitiu cerca de 11 mil trabalhadores da Caixa através dos famigerados PDVs (Plano de Demissão Voluntária), o que elevou na estratosfera a carga de trabalho. Hoje, um bancário da Caixa realiza o trabalho de três ou mais trabalhadores.

O assédio moral nas relações de trabalho, ou seja, a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras dos chefetes de plantão, as cobranças de metas para garantir os lucros bilionários, o terror das demissões, a sobrecarga de trabalho, o desrespeito aos direitos do trabalhador… Enfim, um implacável sistema de opressão no trabalho debilita e afeta – muita das vezes profundamente e de forma irreversível – as já precárias condições de vida e de saúde da categoria.

Estes dados comprovam que, ao contrário do discurso de “criação de melhores condições” pelo banco aos seus funcionários, a situação do bancário da Caixa é um verdadeiro caos.

Todo esse ataque que sofre o bancário só poderá ser revertido através das lutas dos trabalhadores bancários em seu conjunto. Da mesma forma que os bancários da Caixa estão sofrendo, em consequência da política de terra arrasada dos banqueiros e seus governos, os demais bancários sofrem na pele o mesmo problema.

A categoria bancária se encontra em campanha salarial e, pegando este gancho, as direções de luta dos bancários devem travar uma luta sem trégua contra a ofensiva reacionária da direita golpista, que vem liquidando com os direitos e conquistas da categoria através das demissões em massa, rebaixamento salarial, aumento da carga de trabalho, terceirização, ou seja, um conjunto de medidas que vem levando a categoria bancária à loucura, literalmente.

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