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Um homem do neoliberalismo

O lobbista que quer acabar com a Petrobrás

Adriano Pires será o novo presidente da Petrobrás, e já está arrumando um esquema para favorecer sua família e seu lobby. Foi colocado para privatizar a empresa.

Não basta deter o poder da maior empresa estatal do país, para os capitalistas entreguistas, depenar a Petrobrás e estar no pelotão da frente dentre os carniceiros que haverão de abocanhá-la é estratégico e por isso, Adriano Pires, novo presidente da petrolífera brasileira, condiciona sua permanência no cargo à possibilidade inconstitucional de manter seu filho à frente de sua consultoria, o Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A empresa de consultoria de Pires e sua família, realiza lobby e negócios, no setor energético, para os grandes grupos petroleiros privados como AES Eletropaulo, Ale, Braskem, Celpe, Chevron, Comerc Energia, Comgás, Coopersucar, Cosan, CPFL Energia, Dommo Energia, Eneva, Engie, Exxon Mobil, Energisa, Golar, Ipiranga, NeoEnergia, Parnaíba Gás Natural, Plural, Raízen, Shell, Supregrasbras, Ultra, Ultragás e Única, sendo muitas delas concorrentes diretas da Petrobrás e grupos estrangeiros interessados na destruição da empresa.

Ao impor como condição a permanência do filho na presidência da CBIE, Pires infringe flagrantemente duas leis, a Lei nº 12.813/2013, sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego do Poder Executivo Federal e impedimentos posteriores ao seu exercício e a Lei nº 13.303/2016, conhecida como Lei das Estatais, que impede que um executivo da empresa tenha parentes atuando no mercado para empreendimentos que possam ser considerados concorrentes.

Apesar disso, para o mercado financeiro e para os comentaristas da Jovem Pan é uma ótima indicação, porém, se estes acham um bom nome, o povo brasileiro já pode esperar mais sofrimento e carestia, mesmo que Bolsonaro afirme que a indicação de Adriano Pires seja para frear a escalada de preços dos combustíveis, ou seja, alterar a política da Petrobrás.

A quem Bolsonaro quer enganar? Adriano Pires é um aberto defensor da política de dolarização de preços da Petrobrás, chamada de política de paridade de preços de importação (PPI), além disso, o economista já deu declarações como: “A gente deveria torcer para o petróleo ir a US$ 200 porque o petróleo passou a ser uma grande fonte de arrecadação para o Brasil”, “Se alguém for para Petrobras e segurar preço de combustível está colocando o seu CPF na mesa” e “Eu acho muito difícil encontrar alguém que vá para a Petrobras para segurar preço”.

Dessa forma, o povo brasileiro pode ter plena consciência de que a mudança de comando da Petrobrás não tem nenhuma relação com uma possível diminuição de preços dos combustíveis, como sustenta Bolsonaro. Então, qual o interesse de Bolsonaro ao colocar Adriano Pires na presidência da estatal?

A resposta está relacionada com sua estratégia de buscar apoio no Imperialismo para se manter no poder, através de novos golpes e manipulações típicas dos Ianques. Bolsonaro busca sinalizar ao Imperialismo que ele também é capaz de privatizar a Petrobrás e que por isso ele é uma alternativa a Eduardo Leite, queridinho do mercado e da mídia burguesa que o tem como 3ª via.

O deputado estadual pelo PT-RJ, André Ceciliano, alertou a população sobre o indicado de Bolsonaro discursando o seguinte: “O Adriano Pires… a gente já teve vários embates históricos. É um contrassenso nesse momento levá-lo para dirigir a Petrobras. E, com todo o respeito, não sei se ele já administrou mais de dez pessoas na vida, porque o histórico dele é só fazer lobby, defender os interesses das petroleiras internacionais”.

O ex-senador e atual vereador, Lindbergh Farias (PT-RJ) também trouxe fatos sobre Pires que Bolsonaro tenta esconder: “Eu conheço esse Adriano Pires, porque eu era senador e sempre recebi ele. E aqui não vai nenhum demérito: é um lobista de petroleira, representante de interesses estrangeiros”.

O subprocurador-geral Lucas Furtado destaca que a indicação de Pires: “Revela um quadro de extrema gravidade para a necessária isenção que se espera de um futuro dirigente da maior empresa brasileira, exigindo que sejam previamente e cabalmente afastados quaisquer riscos de conflito de interesses, que podem ser extremamente perniciosos para a Petrobras e para a própria economia nacional, mediante o possível uso de informações privilegiadas por detentores de altos cargos, de modo a favorecer alguns agentes do mercado, em detrimento de outros”.

O que se revela, portanto, é o plano de Bolsonaro, Guedes e Pires em depenar a estatal, como um tiro de misericórdia na economia e na soberania nacional, tendo em vista a evidente possibilidade de derrota na corrida presidencial, Bolsonaro visa aniquilar qualquer possibilidade de recuperação, arruinando o que for possível e entregando aos capitalistas toda a riqueza do Brasil, Pires por sua vez, quer estar na primeira fila de abutres da Petrobrás e de posse de informações privilegiadas, abocanhar o que tiver de melhor na empresa. O povo brasileiro não pode permitir que nossa riqueza e nossa soberania sejam tomadas de assalto por essa quadrilha.

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