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O índio quer o progresso!

O índio de verdade, diferente do índio gourmet-guardião da floresta, cultuado pela esquerda pequeno-burguesa, quer acesso aos bens produzidos pela humanidade


Nos dias 11, 12, 13 e 14 de agosto, o Partido da Causa Operária realizou o seu 11º Congresso Nacional. O evento foi uma atividade de ampla discussão sobre o programa e organização do Partido, além de uma oportunidade para os ativistas dos Comitês de Luta, simpatizantes, filiados e militantes do PCO se pronunciarem.

Nos momentos de intervenção dos congressistas, uma que chamou muita atenção foi a do companheiro Magno Souza, índio Guarani-Kaiowá. O seu discurso inflamado denunciou a situação que ele e os seus companheiros vivem na aldeia em Dourados. Explicou que vivem em uma grande miséria, faltam todos os recursos para uma vida digna e, se não bastasse, ainda são alvo de uma intensa violência da polícia militar do Mato Grosso e dos jagunços. A situação é muito grave. Na luta por um pedaço de terra para viver, dezenas de índios já foram mortos, torturados, e muito diferente dos índios gourmet, que recebem atenção da imprensa, Magno e toda a sua aldeia são completamente ignorados.

A denúncia da violência que sofrem comoveu todos os congressistas, mas a principal reivindicação do líder da aldeia de Dourados que fez todos os presentes aplaudirem de pé é a reivindicação pelo acesso ao progresso, ou seja, os índios querem escola, casas, carros, tecnologia. Dito exatamente nessas palavras como vocês podem conferir no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=TW8vtwQzKpU&t=4s&ab_channel=PCO-PartidodaCausaOper%C3%A1ria


Não é de hoje que os índios apreciam e buscam obter objetos mais tecnológicos, já na época do descobrimento, quando faziam trocas comerciais com os portugueses e franceses, os índios requisitavam para escambo produtos feitos de metais, como tesouras, facas, machados  etc., mostrando que faziam questão de ter materiais que facilitassem o seu dia a dia. Hans Staden, um alemão que esteve com os Tupinambás no anos de 1500, relata em seu livro como os nativos tinham apreço pelos materiais de metal.

Na Carta de Pero Vaz há também um relato sobre a curiosidade e admiração que os nativos tinham pelas ferramentas de ferro:

“Muitos deles vinham ali estar com os carpinteiros. E creio que o faziam mais por verem a ferramenta de ferro com que a faziam, do que por verem a Cruz, porque eles não têm coisa que de ferro seja, e cortam sua madeira e paus com pedras feitas como cunhas, metidas em um pau entre duas talas, mui bem atadas e por tal maneira que andam fortes, segundo diziam os homens, que ontem a suas casas foram, porque lhas viram lá.”

Diferente do índio que a esquerda pequeno-burguesa defende, um ser mitológico guardião da floresta, o índio de verdade, como deixou bem claro Magno Souza, quer carro, casa, acesso à tecnologia, escola, hospitais, remédios e todos os bens produzidos pela humanidade para melhoras e facilitar a sua vida.  Nossos índios não querem se alimentar para sempre apenas de batata e mandioca, nas palavras colocadas pelo Guarani-Kaiowá Magno.

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