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Anos de submissão aos EUA

O fim de um governo lesa-pátria

O governo Lula precisará recuperar, com a força do movimento operário, toda a indústria que foi entregue ao setor privado por Bolsonaro e Temer, e destruída pela farsa da Lava Jato

No dia 31 de dezembro próximo, o governo do presidente Jair Bolsonaro chega ao fim. Um mandato  que foi, desde antes do início até o fim, permeado pela servidão total aos EUA. Em outubro de 2017, já em plena campanha eleitoral, Bolsonaro prestou continência à bandeira dos EUA e puxou um coro de “USA, USA”. No ano de 2018, em novembro, pouco após o fim da eleição e já em condição de presidente eleito, Bolsonaro prestou continência ao assessor do presidente dos EUA, John Bolton, ao recebê-lo e, em 2019, novamente, em evento nos Estados Unidos, prestou continência à bandeira dos EUA.

Seu governo fez jus a essa postura, com a privatização de um número gigantesco de bens nacionais e um projeto de destruição da indústria brasileira, além de atacar a própria soberania territorial e energética do Brasil. No primeiro ano de mandato (2019), a entrega aos Estados Unidos da Base de Alcântara, que se tornou na prática uma base militar dos EUA em solo brasileiro, avançou a passos rápidos, e foi concluída já em fevereiro de 2020.

No ano seguinte, 2021, Jair Bolsonaro foi o responsável pela dita “autonomia” do Banco Central. O Banco tem por tarefa regular a atividade do mercado financeiro no Brasil, a atividade dos bancos, além da circulação de moeda no País, o controle das reservas internacionais, e opera uma série de mecanismos financeiros. A chamada “autonomia” retirou o Banco Central do Ministério da Economia, no que foi basicamente uma privatização, estando ele “autônomo” do Estado, ou seja, do controle mesmo indireto pelo povo ─ e agora sob controle total dos especuladores e banqueiros internacionais.

Já em seu último ano, este ano de 2022, uma das mais criminosas operações contra o Brasil foi concluída. A privatização da Eletrobras, que por menos de um décimo do valor estimado da empresa, entregou a soberania energética do Brasil, num total de R$100 bilhões. A privatização da Eletrobras representou a entrega das usinas de geração de energia, como a Itaipu Binacional, maior geradora de energia limpa do planeta, além da malha de transmissão elétrica nacional, mais de 71 mil quilômetros.

No apagar das luzes, o governo ainda se empenha no máximo de destruição que consegue realizar em poucos meses. Cortes em todas as áreas sociais vem ocorrendo, processos de privatização foram acelerados, com destaque para o sistema Petrobrás. A única refinaria da região Norte do Brasil, a Refinaria Isaac Sabbá (Reman) em Manaus (AM), foi privatizada na última quarta-feira (30/11). No mesmo dia, foi entregue a refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia. Ainda no mês passado, no dia 04 de novembro, foi concluída a venda da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), localizada em São Mateus do Sul (PR). Segundo a Federação Única dos Petroleiros – FUP, uma série de outros ativos da Petrobrás estão em processo avançado de privatização, como Fábrica de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor),  do Pólo Bahia Terra, de Albacora Leste, do Terminal Norte Capixaba e da Petrobras Biocombustível (PBio). Ao longo do governo golpista de Bolsonaro, as privatizações no sistema Petrobrás excederam e muito as citadas nesta matéria.

E tudo isso foi feito em parceria com a direita dita “democrática” e “civilizada” que controla o Congresso Nacional. De fato, o que Bolsonaro fez foi dar continuidade à mesma política de entrega do Brasil ao imperialismo que se aprofundou a partir do golpe de 2016 ─ orquestrado, a nível nacional, por essa mesma direita (PSDB, MDB, Rede Globo etc.).

O que ficou demonstrado foi o nacionalismo de fachada do títere do imperialismo Jair Bolsonaro. Frente à destruição ocasionada pelo golpe de 2016 com Temer e a farsa eleitoral de 2018, que colocou Bolsonaro na presidência, será preciso levar uma campanha feroz pela revogação de todas as medidas do golpe e por uma política central de reestatizações. O governo Lula precisará recuperar, com a força do movimento operário, toda a indústria que foi entregue ao setor privado e destruída pela farsa da Lava Jato. Reestatizar tudo aquilo que foi privatizado pelo golpe.

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