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Serviçal do imperialismo

O fim da Era Paulo Guedes: já vai tarde!

O ministro da Economia de Bolsonaro foi o responsável por implementar a política econômica dos golpistas contra o Brasil e seu povo

“Parti hoje”, assim declarou à Rede Globo Paulo Guedes, o todo poderoso ministro da Economia do governo Bolsonaro, ao deixar a Granja do Torto, aprazível residência oficial  nos arredores da capital federal, que ocupou durante seu período no governo.

Muito mais do que simbólico, afinal estamos a menos de 15 dias da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, a declaração de Guedes marca, nem que seja de um ponto de vista parcial, a derrota do golpe de Estado de 2016.

Os golpistas de 2016, como se sabe, buscavam estabilizar o novo regime saído do golpe, com as eleições de 2018, após dois anos de um governo extremamente instável do vice-presidente Michel Temer, o usurpador. Naqueles dois anos pós golpe, a expectativa do imperialismo e dos “cabeças” do golpe era a de encontrar entre seus principais representantes o seu candidato “puro sangue”, que pudesse implementar a política de saque do Brasil e de expropriação do seu povo, ao mesmo tempo em que levasse o País a uma estabilidade política.

Os donos do golpe não conseguiram emplacar sua  candidatura. Mesmo com um novo golpe representado pela espúria cassação do candidato Lula, que tinha grandes chances de ser eleito mesmo de dentro da prisão, a candidatura do hoje eleito na chapa de Lula, Geraldo Alckmin, então no PSDB, não conseguiu levantar vôo, com a intenção de votos no candidato situando-se abaixo dos 5%, uma Simone Tebet das eleições de 2022.

Era natural. O golpe de Estado levou a uma profunda polarização política no País e mesmo com o PT de uma maneira absolutamente equivocada abrindo mão da candidatura de Lula, as eleições de 2018 foram polarizadas entre o candidato tampão do PT, Fernando Haddad, e o candidato da extrema-direita, Jair Bolsonaro, então no PRTB.  

O “Posto Ipiranga” de Bolsonaro

A derrocada do PSDB expressou o esvaziamento do centro político, na  verdade a direita brasileira, que aderiu em massa ao candidato Jair Bolsonaro, até pouco tempo antes do golpe um obscuro parlamentar federal pelo Estado do Rio de Janeiro, conhecido mais pelo seu lado pitoresco por conta de declarações de cunho fascista e a favor da ditadura militar no Brasil, mas que ganhou projeção nacional, impulsionado  pela campanha golpista contra o PT.

Foi aí que entrou em cena Paulo Guedes, um especulador financeiro, sócio fundador do Banco Pactual e de diversos fundos de investimentos, no jargão dos banqueiros e da Bolsa de Valores, “um homem do mercado”. 

Alcunhado pelo próprio Bolsonaro, como seu “posto Ipiranga”, numa alusão a uma propaganda de uma rede de combustíveis que teria solução para tudo, Guedes seria a figura que implementaria toda a agenda liberal reivindicada pelos golpistas de 2016.

Uma política de terra arrasada

Bolsonaro foi derrotado, pelo menos eleitoralmente, mas Guedes fez e muito. Talvez, não na medida que os golpistas gostariam, mas em meio às contradições políticas do governo Bolsonaro, a reforma da Previdência, o sucateamento da Petrobras e a privatização da Eletrobras, além de uma política miúda de desmonte do Estado nacional, em particular nas áreas de saúde e educação, marcadas não apenas pelo corte de verba, mas, também, pela diminuição gigantesca dos servidores públicos. 

Abaixo, algumas das políticas aprovadas:

Reforma da Previdência: sonho dos banqueiros que não estão satisfeitos em abocanhar mais da metade do orçamento nacional, a reforma da Previdência (que hoje representa cerca de 19% desse orçamento), significou umas das maiores expropriações dos recursos que deveriam ser destinados aos trabalhadores em um período tão curto. Inicialmente prevista para economizar R$ 1,2 trilhão em 10 anos, após os acordos para sua aprovação os valores foram revistos para R$ 800 bilhões. Ocorre que, apenas 3 anos após a sua aprovação, a economia com aposentadorias já é o dobro do que era estimado para o Congresso para o período de 2019 a 2023, que era de R$ 87,35 bilhões. Isso significa que R$ 175 bilhões foram o que deixou de ser repassado com o aumento da idade mínima para a aposentadoria, aos quase 1,5 ano de fila para receber algum benefício do INSS, contra um prazo legal que seria de 45 dias, prorrogáveis por outro período igual,  na expropriação dos servidores públicos que estão há anos sem reajustes e, ainda, na diminuição no quadro de funcionários.

Sucateamento da Petrobras: “menina dos olhos” dos golpistas, os governos Temer e Bolsonaro, vieram para concluir a obra de privatização de uma das maiores empresas do mundo no ramo petrolífero. Além da entrega do Pré-sal, com a venda de dezenas de poços de petróleo, os governos do golpe, principalmente agora o de Bolsonaro, são responsáveis pela entrega da maioria das refinarias e subsidiárias da Petrobras. O Brasil que já é autossuficiente em Petróleo, teria plenas condições de produzir nacionalmente todo o combustível que necessita e ainda ser exportador de petróleo e seus derivados. Ao contrário, o País transformou-se em importador de combustível, que é regulado de acordo com o mercado internacional, proporcionando lucros trilionários para os acionistas da empresa, os bancos e grandes empresas imperialistas.  Apenas nos nove primeiros meses de 2022, a Petrobras distribuiu nada menos do R$ 173 bilhões em dividendos para os seus acionistas. Um verdadeiro crime diante dos mais de 60 milhões de brasileiros que não têm o que comer.

Privatização da Eletrobras:  outro crime feito à luz do dia por Bolsonaro e seu ministro da economia foi a entrega da Eletrobras. A gigante de energia brasileira foi doada por R$ 67 bilhões.  Apenas em investimentos para a sua construção, o Brasil gastou 12 bilhões de dólares, o que corresponderia a cerca de R$ 60 bilhões. Ainda tem um detalhe. Todo esse investimento foi pago ao longo de quase 40 anos pelo povo brasileiro. Isso significa que Itaipu foi dada de graça para os bancos e as grandes empresas de energia que adquiram a Eletrobras.

Outros casos…

Muito mais poderia se dizer do “posto Ipiranga” de Bolsonaro. Um verdadeiro serviçal dos golpistas. Segundo dados do próprio governo, a dívida pública do Brasil era em julho deste ano de R$ 5,7 trilhões. Toda a arrecadação de Guedes  com a entrega do patrimônio nacional até aquele momento foi de R$ 304, 2 bilhões. No início do governo Bolsonaro, a dívida pública brasileira era de R$ 3,8 trilhões. Isso significa que, mesmo com a entrega do patrimônio do povo brasileiro, a dívida aumentou em 4 anos quase 2 trilhões, portanto o Brasil ficou mais pobre e ainda mais endividado. Esse é o legado de Paulo Guedes.

Aqui descrevemos apenas alguns aspectos da destruição nacional produzida por Bolsonaro e seu “posto Ipiranga”, pois se trata apenas de uma parte dos ataques ao povo brasileiro em defesa dos grandes capitalistas. Em todo caso, tem que se considerar, ainda, os 700 mil mortos pela pandemia fruto da política de descaso do governo, o sucateamento da saúde e da educação, o salário mínimo de fome imposto pelo governo, o desemprego…, enfim, não setor no Brasil, que não tenha sofrido as consequências da nefasta política de fome, miséria e destruição nacional levada a cabo pelo funcionário dos golpistas de 2016.

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