Ontem, 18, os trabalhadores se manifestam por Lula na porta do Frigorífico. Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo foram até uma das empresas localizada na cidade de São Caetano do Sul, região do Grande ABC para distribuir o Boletim Faca Afiada, o Frigorífico Cardeal.
Como é de se esperar, os trabalhadores em frigoríficos, oriundos de várias regiões do país, que vêm para São Paulo em busca de ter uma melhor condição de vida para si e seus familiares, apesar do setor em que trabalham ser um dos que têm piores conodições de trabalho e dos mais mau remunerados. Os operários do Cardeal pegavam o boletim de sua categoria e olhavam as propostas e o debate que nesse momento, e desde o golpe de 2016 que tirou Dilma Rousseff da presidência da república, tem havido um retrocesso enorme nas condições de vida desses trabalhadores, ou seja, o boletim fala sobre a eleição e sobre a candidatura presidencial, bem como, a de que Lula volte a ser o presidente do Brasil.
O boletim, expõe algumas das propostas, pontuadas a seguir, devido à situação que nesse momento passam os trabalhadores, por conta do golpe e, consequentemente, por causa de quem se apossou do país, como Michel Temer e Bolsonaro, em benefício de seus financiadores, ou seja, dos patrões, a burguesia:
- Fim do roubo dos salários: reajuste de 100% para fazer frente à inflação
- Redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais: trabalhar menos para que todos trabalhem
- Salário Mínimo Vital, suficiente para atender às necessidades do trabalhador e sua família (que hoje não poderia ser menos de R$7 mil)
- Auxílio Emergencial de pelo menos um salário mínimo, para combater a fome e miséria, para todos os que necessitem
- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo
As diversas manifestações foram de que Lula deve voltar, pois o nosso salário desaparece, antes mesmo de recebê-lo; esse governo que está aí quer nos escravizar.
Alguns trabalhadores ao receberem o boletim começaram a gritar ao adentrar ao frigorífico com: É LULA É LULA! É LULA!
Os trabalhadores do setor frigorífico são uma parcela das mais atingidas pelos ataques dos patrões, o governo Bolsonaro e seus apaniguados.
Os operários frigoríficos são os que enfrentam as piores condições de trabalho e, na pandemia foram, seguramente, os mais afetados, impuseram a esse setor a extinção dos dias de descanso, ou seja, os domingos e feriados são como dias normais de trabalho; as normas de proteção e segurança e saúde também foram extintas.
O Sindicato dos Frios, fazendo coro com a Corrente Sindical Nacional Causa Operária, reforçou aos trabalhadores a necessidade de intensificar a mobilização dos trabalhadores, bem como de seus familiares, uma forma de levar a campanha para o meio do povo…
É preciso partir para o corpo a corpo, indo de casa em casa, dialogar com os vizinhos e colegas de trabalho sobre o que está em jogo nessas eleições e na luta que está por vir, ou seja, nas ruas, nos bairros populares e nas fábricas é que poderemos conquistar nossas reivindicações e eleger Lula.