Que a operação militar comandada pela Rússia em solo ucraniano, que tem como principal objetivo impedir o avanços das tropas da OTAN no leste europeu, tem gerado reações fortemente nefastas do imperialismo com o intuito de gerar um estrangulamento político e econômico aos russos, já é de conhecimento público. As sanções que o país sofreu vieram principalmente dos EUA, da União Europeia e do Reino Unido e incluem desde um boicote ao petróleo russo, que desempenha papel importante no cenário petrolífero mundial, até a retirada da Rússia do sistema de transferência interbancária internacional, mais conhecido como SWIFT. Tudo isso tem gerado impactos graves na economia russa, mas para além de todas sanções, o imperialismo no momento pratica uma série de boicotes pessoais à figuras públicas russas ou que são ligadas ao país, dentre elas os grandes nomes do futebol.
Um dos mais bem sucedidos proprietários de todos os tempos do time inglês de futebol Chelsea FC, responsável por uma reestruturação e elevação do clube ao status de grande potência futebolística mundial, comprovadas pelos 21 títulos de importância mundial desde o início de seus 18 anos de gestão, incluindo o Mundial de Clubes de 2022 contra o Palmeiras, o empresário russo Roman A. Abramovich sofreu congelamento de seus ativos em solo britânico, foi impedido de entrar no país, além de ter sido desconsiderado como diretor de seu próprio clube pela Premier League, principal liga futebolística inglesa.
Outra personalidade importante do futebol ligada à Rússia a sofrer com sanções pessoais pelo imperialismo é o ucraniano Anatolyi Tymoschuk, que em seus tempos de jogador integrou times de Shakhtar Donetsk, Zenit e Bayern de Munique e participou de 144 partidas pela seleção ucraniana, um número recorde. Tymoschuk sofreu uma recomendação do Comite de Etica de Fairplay da Federação Ucraniana de Futebol para que ele perca todos os seus títulos em solo ucraniano, que sua licença de treinador de futebol no país seja cassada e de que o nome dele seja retirado dos registros nacionais de suas participações nos jogos da seleção de futebol de seu país. Outra medida cruel foi o banimento perpétuo de seu nome para o exercício de cargos futebolísticos na Ucrânia. Tudo isso ocorreu pelo fato de Anatolyi não ter se posicionado contra as incursões russas em seu país.
Esses casos mostrados acima não são os únicos e o futebol não é a única área a ser atacada pelo imperialismo sob a falsa justificativa de defesa da Ucrânia. O imperialismo tem sido bem amplo e não tem poupado esforços para boicotar qualquer personalidade russa que não se posicione contra seu próprio país. As sanções pessoais mostradas nada têm que ver com os conflitos e não possuem poder de influencia política algum para gerar uma melhora ou piora dos conflitos, o que mostra o puro e simples interesse das organizações burguesas em prejudicar qualquer um que não se alie diretamente com seus interesses.