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"Nós contra eles"

No 2° turno, Lula precisa pregar o ódio de classe

Recomeça hoje a campanha de rua no ABC; PT orientou militantes a irem de porta em porta nas periferias

Nessa quarta-feira (5), segundo informações da Folha de S. Paulo, por meio de coluna da Mônica Bergamo, o Partido dos Trabalhadores (PT) publicará uma circular orientando a sua militância, incluindo os partidos que o apoiam, a realizar uma ampla campanha de porta em porta no segundo turno das eleições deste ano.

O documento destaca que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais devem ser prioridade e que, em todo o Brasil, devem realizar-se “mutirões porta a porta”. Ademais, o texto conclama as coordenações da campanha por Lula Presidente dos estados e cidades a se reunirem até, no máximo, esta sexta-feira (7) para “integrar novos apoiadores, planejar as ações e animar as pessoas para uma agenda de mobilização intensa com atividades diárias”.

“São quatro fins de semana até o dia 30 nos quais devemos realizar mutirões porta a porta nos bairros periféricos, panfletagens nos locais de grande circulação, caminhadas e carreatas com a presença de lideranças políticas e personalidades”, coloca a circular.

Por fim, o documento coloca que Lula voltará a realizar a sua campanha de rua a partir desta quinta-feira (6), na qual está prevista uma caminhada na cidade de São Bernardo do Campo, na região do ABC paulista. É um local que, historicamente, possui a maior concentração de elementos de vanguarda da classe operária brasileiro, berço, inclusive, do próprio Lula. O ex-presidente também deve percorrer as cidades de Guarulhos e Campinas antes de seguir para Minas Gerais e, posteriormente, para o Rio de Janeiro.

“Uma forte mobilização nas ruas de todo o Brasil neste final de semana deve ser o cartão de visitas da campanha Lula neste segundo turno. As coordenações locais, os comitês e as brigadas de agitação e propaganda devem organizar, bandeiraço, caminhadas, carreatas e todo o tipo de atividade de visibilidade e de conversa com a população”, afirma o documento divulgado.

Os banqueiros estão em pânico com o segundo turno

A confecção e divulgação do documento em questão deve ser motivo de grande comemoração por parte de toda a esquerda brasileira. É uma indicação de que, frente aos resultados do primeiro turno das eleições deste ano, a Direção Nacional do PT está, finalmente, apostando as suas cartas na única força que pode garantir a eleição de Lula: o povo.

Até o momento, toda a sua atuação nas eleições foi centrada, basicamente, na realização de “alianças” com setores reacionários da política nacional, como é o caso de Alckmin, o maior símbolo da direitização de sua campanha. Decerto que o resultado dessa estratégia não poderia ser outro senão o que foi visto nesse primeiro turno, no qual Bolsonaro foi o grande ganhador, elegendo uma fiel base de apoio nas câmaras.

Agindo conforme o que fala e jogando todo o diletantismo no lixo, Lula e o PT devem fazer tal qual fizeram os trabalhadores na década de 80, imprimindo milhões de panfletos, cartazes, jornais, boletins e adesivos e inundando o País em uma verdadeira onda vermelha para, enfim, eleger Lula Presidente com um governo dos trabalhadores. A ditadura militar, por exemplo, foi derrubada principalmente em decorrência da enorme mobilização da classe operária brasileira que, realizando centenas de greves e atos gigantescos, pôs abaixo o regime fascista.

Aqui, vemos uma diferença gritante entre os diferentes setores que compõem a campanha de Lula. Enquanto o PT orienta sua militância a lutar, Paula Lavigne, funcionária da Globo, em conjunto com o Mídia Ninja, veículo de notícias burguês, criaram o chamado “Gabinete do Amor”. Um programa “leve” (sic) que promete enjoar a campanha de Lula em uma tentativa de desmoralizá-la frente a sua militância combativa que, depois de tanto, já está farta de ouvir baboseiras e quer mesmo é tomar as ruas.

O PT deve ir precisamente na direção contrária disso e retomar o seu plano de mobilizar mais de 5000 comitês de luta em todo o País. Deve abandonar completamente a paralisia da esquerda pequeno-burguesa e se jogar nas massas, garantindo com que sua militância atinja cada cidadão brasileiro em uma campanha que deve tomar proporções nunca antes vistas. Este é o caminho para derrotar o golpe de Estado e, com isso, pôr um fim a Bolsonaro que, nos últimos anos, só cresceu.

Deve ficar evidente que os trabalhadores são a principal e única força real de Lula. Até o momento, sua campanha consideravelmente direitista falhou no que é a sua principal tarefa, mobilizar o povo. E mais, os resultados do primeiro turno mostram que ir ao centro significa desaparecer da política nacional: enquanto o bolsonarismo cresceu consideravelmente, partidos ao centro, como o PSDB, e bolsonaristas arrependidos, que também foram ao centro, falharam em garantir seus lugares no parlamento.

Ou seja, a campanha de Lula deve, ao contrário do que diz a propaganda da imprensa burguesa, correr do centro e tomar um caráter cada vez mais revolucionário, cada vez mais à esquerda. Para tal, nesse segundo turno, Lula precisa pregar o ódio de classe e dividir o problema entre “nós e eles”. Em outras palavras, a burguesia e suas forças da direita contra a classe operária e suas organizações de vanguarda.

Se em qualquer outro momento a sociedade se resume na luta entre “nós e eles”, com a burguesia atacando ferozmente os direitos e a qualidade de vida dos trabalhadores, porque nas eleições seria diferente? Não é, e isso deve ser o principal mote de toda a campanha de Lula que deve aprender com os erros do primeiro turno e mobilizar toda a população brasileira nessa próxima ocasião. Algo que, levando em consideração a circular apresentada, parece estar acontecendo.

Para ganhar 2º turno, é preciso menos Alckmin e mais CUT e MST

Agora, é preciso tomar as ruas! É preciso aproveitar o embalo do prelúdio de uma campanha popular por parte do PT e ocupar as ruas de maneira permanente até o dia 30 de outubro. Enquanto isso, a militância mais vanguardista da esquerda deve agitar a classe operária de conjunto, explicando-lhe que se trata de um dos estágios mais importantes da luta contra o golpe que destruiu as condições de vida do povo brasileiro.

Esse é o caminho para a vitória que, com a ação prática, está completamente ao alcance da esquerda brasileira. Basta que tomemos as ruas e façamos delas verdadeiros postos de batalha na luta contra a burguesia e por Lula Presidente. Será o suficiente para mandar um recado para as direções da esquerda de que o povo quer lutar por seus direitos e, consequentemente, pela eleição de Lula apoiado sobre bases populares.

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