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Em defesa dos oprimidos

Não se pode ser neutro em uma guerra entre EUA e Rússia

Esquerda pequeno-burguesa assume posição favorável ao imperialismo que quer inverter a realidade e condenar a Rússia, que age atua em defesa da sua soberania e dos ucranianos

Diante dos importantes acontecimentos das últimas horas quando o governo russo, depois de decidir reconhecer as República do Donbas e declarar a determinação de derrotar a interferência da OTAN (Organização Tratado Norte) – sob o comando do imperialismo norte-americano – na Ucrânia e de  “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia, tomada por uma onda de bandos fascistas (presentes no seu governo), aliados do imperialismo contra a Rússia e contra seu próprio povo e, para isso, ocupar militarmente as Repúblicas do Donbass e destruir quase 100 alvos militares das forças ucranianas, com um número reduzido de baixas, vários setores da esquerda, adotaram um posição de solidariedade com o imperialismo e, em diferentes níveis, passaram a atacar a ação defensiva, de defesa da soberania nacional e de da autodeterminação do povo ucraniano.

A imensa maioria da esquerda nacional se opôs à posição de chefes de governo da esquerda em todo mundo que, corretamente, responsabilizaram os Estados Unidos e seus aliados pela situação de crise. Como declarou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores da China, “a questão-chave é saber qual papel os Estados Unidos desempenham. Alguém que joga lenha na fogueira e acusa os outros assume uma postura imoral e irresponsável“. 

O PSTU na vanguarda

Sem nenhuma surpresa, e em consonância com as posições pró-imperialistas que adotou diante dos principais acontecimentos dos últimos anos apoiando o golpe de Estado no Egito, no Brasil (“Fora Dilma, fora todos!”) e até mesmo a prisão de Lula o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) publicou nota de sua “organização internacional”, a LIT-QI, insulada, “Fora as garras de Putin, EUA, OTAN e União Europeia da Ucrânia!“, assim que o governo Puti se pronunciou em favor da independência das Repúblicas Populares de Lugansk e Donetsk.

Logo no seus dois primeiros parágrafo, a nota se mostra como um libelo acusatório, que poderia ser assinado pelo Departamento de Estado norte-americano ao assinalar que,

“Putin acaba de assinar um decreto reconhecendo as “autodenominadas repúblicas” de Donetsk e Lugansk como Estados independentes, desvinculados da Ucrânia. Paralelamente, apoiando-se em “tratados de amizade” assinados com as autoridades fantoches desses territórios, enviou tropas para a área com a desculpa cínica de “salvaguardar a paz”

“O reconhecimento dessas “repúblicas” fantoches, sustentadas por quadrilhas paramilitares controladas por Moscou, com o apoio do exército russo, é uma agressão frontal à soberania nacional e integridade territorial da Ucrânia. Esta agressão russa é uma continuidade da anexação da Crimeia em 2014”.

Para ao final apresentar como primeira reivindicação, de fato, que a Rússia abra suas fronteiras para a penetração imperialista, ao defender que

“Fora as tropas russas e paramilitares de Donbas. Retirada das tropas e equipamentos militares russos da fronteira oriental e da Belarus. Devolução da Crimeia.”

Nenhuma oposição real ao imperialismo

Em nota intitulada “PCdoB defende a paz no Leste Europeu“, o partido campeão nacional da defesa da politica de frente ampla com a direita golpista, o PCdoB, se mostra favorável também a uma política de unidade também com o imperialismo e à impossível convivência pacífica com e seus lacaios.

Mesmo depois de assinalar que

desde o fim da União Soviética, EUA e OTAN têm realizado uma política expansionista rumo ao Leste Europeu

procura apresentar a situação se fosse – simplesmente – de “tensões entre dois países, Rússia e Ucrânia“, sem responsabilizar – como corresponde – aos EUA (e seus aliados imperialistas da OTAN) como principais responsáveis pelos acontecimentos, e aponta como sendo a posição do PCdoB a defesa de que

as partes envolvidas encontrem na diplomacia e no diálogo, e em consonância com o direito internacional e o princípio da não-intervenção, uma saída pacífica para a atual crise. Isto requer que as legítimas preocupações da Rússia com sua segurança sejam consideradas, e que seja revertido o cerco da OTAN às suas fronteiras”

em uma clara oposição à necessária ação da Rússia na Ucrânia.

Um “pacifismo” sob medida para o imperialismo 

Como já se tornou tradicional, a maioria da esquerda brasileira que, em 2014, apoiou o golpe de Estado na Ucrânia (apresentando-o como uma “revolução“), mesmo com este tendo à frente bandos nazistas; agora, adotou uma posição “centrista” entre o imperialismo opressor e a nação russa atacada por este, reintroduzindo, uma vez mais, a política do  “nem, nem”.

O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, por exemplo, publicou em suas redes sociais, ao comentar  um pronunciamento de ataque do presidente dos EUA, Joe Biden

“Você realmente acredita que seu governo não tem qualquer responsabilidade por essa crise depois que tentou levar a Ucrânia para a Otan? Você também é culpado por essa situação!”

procurando dividir a responsabilidade entre os agressores e os agredidos, tal qual o PSTU.

Pressionado por toda essa política reacionária da maioria da esquerda, o ex-presidente Lula, endossou a campanha “pela paz” que, nas condições atuais, só pode ser conquistada com a vitória do imperialismo sobre a Rússia ou com a vitoria do povo russo sobre os agressores e fez uma comparação bastante infeliz, traçando um sinal de igual entre os acontecimentos das últimas horas e os ataques genocidas do imperialismo contra países atrasados, ao afirmar que:

A gente está acostumado a ver que as potências, de vez em quando, fazem isso sem pedir licença. Foi assim que os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, invadiram o Iraque. Foi assim que a França e a Inglaterra invadiram a Líbia. E é assim que a Rússia está fazendo com a Ucrânia.

Além disso, divulgou a versão falsa do imperialismo que, depois de romper as negociações com a Russia e integra as agressões dos bandos nazistas contra os russos, divulgou que a Rússia nua queria negociar, ao afirmar que ” infelizmente, grandes potências militares insistem em abandonar as negociações com frequência”.

Neutralidade não! Uma posição de classe, do lados dos oprimidos

É evidente que, em meio à crise, a política do imperialismo é uma política de rapina, de destruição, morte e retrocesso para a imensa maioria da humanidade, inclusive para seus “aliados”, que foram forçados a agirem contra a Rússia.

Não pode haver a menor dúvida de que é dever da esquerda, das organizações de luta dos trabalhadores em todo o mundo se posicionarem em defesa do povo russo e ucraniano contra a sanha intervencionista dos países imperialistas. Em defesa da autodeterminação dos povos do Donbass. Pela vitória do povo russo, contra o imperialismo e seus fantoches na Ucrânia!

[Leia à respeito a Nota Oficial do Partido da Causa Operária, sobre os acontecimentos na Ucrânia]

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