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França

Não há “mal menor” nas eleições francesas

Mais uma vez, a esquerda pequeno-burguesa se junta ao imperialismo

Com a atual crise do imperialismo, ao redor de todo o mundo, a conjuntura política se aproxima cada vez mais de uma disposição polarizada. As sociedades se radicalizam e, no horizonte, vê se aproximando a revolução, precedida pela separação política de classe, entre os trabalhadores e a burguesia.

Agora, a França é palco de mais uma batalha política importantíssima. Passado o primeiro turno das eleições presidenciais, a situação se define entre dois candidatos: à direita, Emmanuel Macron; à direita da direita, Marine Le Pen. Com isso, seguindo a sua já tradicional confusão, a esquerda pequeno-burguesa caiu mais uma vez na conversa do “mal menor”, utilizando tal ideologia como justificativa para um voto em Macron.

Antes de qualquer coisa, é preciso ficar claro qual o verdadeiro teor da política do “mal menor”. Finalmente, nenhuma organização de esquerda que reivindique para si a luta dos trabalhadores pode ter uma política baseada no menor sofrimento possível.

É um posicionamento que não só revela uma falta de princípios profunda, como também uma desorientação política infantil, completamente desatrelada da realidade material. Ou seja, substitui-se o marxismo, que busca definir o posicionamento progressista à luz de uma análise séria da realidade; por uma concepção completamente atrelada à burguesia.

E mais. Se tal política, por alguma razão, fosse verdadeiramente digna da esquerda, não seria Macron o chamado “mal menor” da conjuntura na França.

Decerto que Marine Le Pen é fascista. Entretanto, assim como Bolsonaro, ela o é do ponto de vista ideológico. Macron, por outro lado, é um representante ideológico e político do imperialismo na Europa. Seu governo, nesse sentido, é baseado no neoliberalismo, o maior inimigo dos trabalhadores do século XXI. Afinal, Macron fez muito mais contra o povo do que Le Pen, que, até o momento, basicamente latiu alto.

É exatamente a mesma política que a esquerda pequeno-burguesa levou em relação às eleições americanas de 2020, onde a luta se definia entre Trump, mais um pseudofascista, e Biden, um dos maiores senhores de guerra de toda a história. E no que essa política resultou? Em guerra.

E as semelhanças vão muito além da posição da esquerda. A própria Le Pen se assemelha muito à Trump no sentido de que ambos se colocam contra medidas impopulares, como a reforma da previdência, e contra a OTAN. Todavia, o fazem de maneira demagógica, justamente para aproximar a base que, neste momento, sofre nas mãos do imperialismo.

Além disso, assim como no caso de Trump, o imperialismo já escolheu o seu óbvio candidato: Macron. Tanto é que, dias antes do segundo turno, veio à tona um suposto esquema de desvio de verbas por parte de Le Pen. Processo que, cheirando à farsa, está sob a responsabilidade de um representante da União Europeia.

Uma política verdadeiramente revolucionária, progressista, não se dá de maneira adjacente à política do imperialismo. Mas sim, de maneira completamente independente a esta, visando, sempre, a emancipação dos trabalhadores e, consequentemente, a queda do imperialismo por via da revolução socialista.

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