"Bailando" em campo

Na falta de habilidade, gringo reclama de comemoração da Seleção

Com 14 cartões vermelho durante sua carreira, Keane afirma que dançar não pode, mas quebrar a perna do adversário tudo bem

Após a vitória da seleção brasileira em cima da Coreia do Sul nessa segunda-feira (5) por 4 a 1, onde as comemorações foram vistas não apenas no Brasil mas em vários lugares do mundo, principalmente nos países oprimidos pelo imperialismo, tivemos um comentário de um ex-jogador de futebol criticando as danças dos atletas brasileiros quando saia um gol da Seleção.

O ex-jogador do Manchester United, Roy Keane, que atualmente é comentarista na TV britânica, criticou as dancinhas dos jogadores da Seleção Brasileira. A crítica envolveu até o técnico Tite, que entrou na brincadeira e fez a “dança do pombo” logo após o gol marcado por Richarlison. Neymar, Vini Jr. e Paquetá fizeram os outros. Vinicius Junior marcou seu primeiro gol na Copa do Mundo e fez a coreografia de “Pagodão do Birimbola”, um dos sucessos do TikTok no Brasil.

“Eu não consigo acreditar no que vejo. Nunca vi tanta dança. É como assistir ao Strictly (espécie de Dança dos Famosos). Eu sei que tem o ponto da cultura, mas acho realmente desrespeitoso com o adversário. São quatro gols e eles fazem toda vez. A primeira dancinha, ou seja lá o que façam, tudo bem. E então o técnico se envolve. Não fico feliz com isso. Não acho isso nada bom”, comentou Keane

Esse mesmo comentarista que condenou a dança dos atletas brasileiros, segundo o site de notícia Extra, em 2001, em um clássico entre Manchester City e United, no dia 21 de abril, acertou brutalmente o joelho direito de Alf-Inge Haaland, pai do atacante Erling Haaland, faltando apenas quatro minutos para o fim. O volante fincou as travas da chuteira na perna do jogador e a falta lhe rendeu um cartão vermelho. Durante sua história, Keane recebeu 14 cartões vermelhos.

Ou seja, dancinha não pode, mas quebrar a perna de outro atleta tudo bem. Um tempo depois, o ex-jogador disse que o lance foi proposital e que Haaland “teve o que merecia”.

Por outro lado, o ex-zagueiro da seleção dos Estados Unidos, Alexi Lalas, no seu podcast, detonou os críticos às danças dos jogadores brasileiros na goleada.

“Se você é alguém por aí que reclama e resmunga sobre jogadores de futebol dançando após marcar um gol ou sobre jogadores de futebol brasileiros dançando após marcar um gol, tenho um conceito equivocado sobre espírito esportivo em uma Copa do Mundo. Sinto muito por você, sinto muito pela vida que você leva, que não tem alegria, nem amor, nem paixão” afirmou Lalas.

Primeiro é preciso deixar claro que não tem nada de desrespeitoso com o adversário. Segundo, é uma tradição no futebol brasileiro os jogadores comemorarem seus gols e suas vitórias com danças. Os atletas devem comemorar de acordo com suas culturas, logo o comentário do ex-jogador não passa de uma estupidez. É claro que é uma tentativa de desmerecer a seleção brasileira, atacam a equipe favorita a ganhar o mundial por qualquer coisa.

Com a vitória, o Brasil se garante nas quartas de final da Copa do Mundo do Catar, em que enfrenta a Croácia, na próxima sexta-feira, às 12h (de Brasília).

Em uma resposta ao comentário colocando a dança como desrespeitosa, o atacante brasileiro Raphinha foi assertivo ao afirmar que o “Problema é de quem não gosta, porque vamos continuar fazendo”. Outra declaração foi do camisa 7 da seleção, Lucas Paquetá:

“A dança simboliza a alegria de marcar o gol, a gente não faz para desrespeitar, não vai à frente do adversário, a gente se reúne e todos comemoram. É o nosso momento, o Brasil está comemorando. Se eles não gostam, não tenho muito o que fazer por eles, a gente vai continuar.”

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