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Farsa da Favela Solar

Morando em péssimas condições, mas com energia “limpa”

Uma ONG cria um projeto em comunidade paulista para promover o emprego de painés solares, alegando garantir uma energia limpa ainda que não altera as péssimas condições de moradia

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A solução para garantir a energia elétrica e limpa nas favelas no Brasil, ou pelo menos, no estado de São Paulo já existe se acreditarmos no anúncio realizado pela organização não governamental Gerando Falcões na última sexta com o projeto Favela 3D.

O projeto consiste em instalar painéis solares em 240 habitações na Favela Marte, uma comunidade na cidade paulista de São José Rio Preto, ao custo de R$ 58 milhões de reais ao fim de dois anos com patrocínio de bancos como BV, antigo Banco Votorantim e da sua plataforma digital para a aquisição destes painéis, chamada de Meu Financiamento Solar.

Segundo a diretora de tecnologias sociais da ONG, Nina Rentel, o propósito do projeto é a de construir favelas inovadoras. O que garantia uma “energia limpa” para esta comunidade. Mas será que isto significa que os moradores vão receber água e esgotos, atendidos por transportes públicos de qualidade sem serem vítimas da violência policial?

Ela afirma que os moradores vão conseguir economizar de R$ 6000,00 a 4000,00 por ano, ainda que precisem pagar uma taxa mínima para a distribuidora de energia devido aos serviços das linhas de transmissão. Uma explicação estranha, pois normalmente painéis solares instalados em residências dispensariam linhas de transmissão.  Além disso, a economia divulgada  significaria que os moradores desta comunidade teriam contas de luz atuais entre R$ 500 a R$300 reais. Vale lembrar que no estado de São Paulo as residências com o consumo em até de 30 KW/h tem 65% de desconto por causa da tarifa social e  que o preço do  kW/h atualmente está em R$ 0.92. Será que a economia  nas contas vai ser relamente no valor informado?

Ela aponta  outra vantagem deste projeto. O estabelecimento de curso de liderança comunitária que poderia ajudar na empregabilidade de 90 a 350 pessoas. Será que vão criar novas “Tabata Amaral”?

O gerente executivo de sustentabilidade e patrocínios do BV, Tiago Soares promete que o banco vai participar da expansão do projeto para outras comunidades. Ele afirma “queremos apoiar a transformação de energia no Brasil e também uma questão social importante, pois faremos o treinamento de instaladores das placas na própria comunidade”. Eles poderiam usar os inúmeros bancários demitidos durante a pandemia se desejam resolver um problema social.

Segundo a nota de André Jankavski do site Terra, ligado ao Grupo Estado, existem outras empresas apoiando o projeto tais com a metalúrgica Gerdau e o Banco Bradesco. A diretora Rentel já prevê o sucesso do projeto. “Marte será a primeira favela solar e vamos entender o sucesso para entender como escalar esse projeto para favelas de todo o Brasil” anuncia Nina.

Levando em conta que atualmente 17, 1 milhões de brasileiros e brasileiros moram em locais identificados como favelas, é uma afirmação que soa bastante implausível.

Por fim ela informa que o governo Doria, notável por ter derrubado casas com pessoas dentro, vai garantir a construção de novas casas para receber os painéis. A ver.

A verdade que este projeto se mostra como uma enorme propaganda para que estas grandes empresas façam demagogia para a população em geral e estimulem que mais pessoas comprem estes painéis solares com um financiamento “bem camarada” com módicos juros possivelmente de dois dígitos.

Enquanto a população nas comunidades pobres principalmente no estado de São Paulo continua sem água e esgoto, transporte público precário e sob a repressão diária da Policia Militar.  Logo este projeto não é uma solução efetiva e só propaganda baseada na defesa do meio ambiente realizado por quem menos se importa com isto.

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