A população foi pega de surpresa com a paralisação total do metrô da cidade de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, na manhã da última quarta-feira (5). Ao chegarem na estação, se depararam com as portas do metrô fechadas.
A paralisação havia sido declarada por 48 horas, algo que, apesar de ser um avanço, não resolve o problema do transporte, mas acaba sendo uma luta a conta gotas, com previsão para acabar, algo inadmissível numa greve.
O Sindicato dos Metroviários (SINDIMETRO) anunciou a paralisação total, porém apenas por esse período. A categoria deve exigir as garantias dos direitos dos trabalhadores, assim rechaçar energicamente a proposta de privatização do metrô da capital.
A ameaça de privatização está prevista para o fim deste ano, o metrô já tem data marcada para ser privatizado, o edital de concessão é publicado e leilão ocorre em dezembro, a greve tem o motivo também de mostrar para o povo que melhorias no serviço do metrô que está deficitário e não a privatização.
A prefeitura de Belo Horizonte se porta em emitir notas falsas, de que tem um plano de reforço nas linhas do transporte coletivo municipal durante a greve, que é uma falácia, pois os transtornos não estão sendo resolvidos. Essas “viagens extras” propostas são mais uma balela. O transporte público não pode ser resolvido com demagogia e camaradagem entre a prefeitura e as concessionárias – a necessidade de complemento nas linhas é real, o transporte público fica naturalmente lotado, o que indica essa necessidade já em uma situação de normalidade.
O Sindicato dos Metroviários (SINDIMETRO) anunciou a paralisação total hoje e amanhã. A categoria reivindica garantias dos seus direitos. O fato iminente da privatização do metrô de BH, previsto para o fim deste ano, deve ser resolvida com uma greve forte, por tempo indeterminado para barrar
a privatização.
Os trabalhadores não podem se deixar intimidar com as ameaças de Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), que obteve decisão judicial favorável ao pedido de aumento da multa diária de R$ 35 mil a R$ 70 mil caso a greve continue. A greve deve ser com paralisação total e por tempo indeterminado. Não a privatização do Metrô, pela estatização do metrô com administração dos trabalhadores metroviários.