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Levantamento feito pelo G1, com base nos números do programa social fornecidos pelo Ministério da Cidadania e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Previdência, mostra que quase metade dos estados brasileiros tinha mais beneficiários do Auxílio Brasil do que trabalhadores com carteira assinada em março deste ano.
Em 13 estados o número de famílias que vivem do Auxílio Brasil é maior que o das que vivem da renda do trabalho com vínculo CLT – sendo, destes 13, todos os do Nordeste e quatro dos sete estados do Norte: Acre, Amazonas, Amapá e Pará.
O estado do Maranhão registrou a maior diferença entre o número de beneficiários do auxílio e empregados com carteira assinada. Em segundo lugar está o estado da Bahia, seguido de Pará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará.
O economista Ecio Costa disse ao G1 que quanto maior a precariedade do mercado de trabalho, maior a dependência do programa social. “É reflexo da pobreza, do desemprego e da informalidade nas regiões Norte e Nordeste, indicando alta dependência do dinheiro público e necessidade de políticas de desenvolvimento econômico regional”, afirmou.